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Petrobras espera demissão voluntária de até 10.000 pessoas

Programa faz parte da reestruturação da companhia, iniciado há cerca de um ano para cortar custos e aumentar rentabilidade


	Petrobras: lucro de 1,2 bilhão de reais de janeiro a março de 2016
 (Agência Petrobras)

Petrobras: lucro de 1,2 bilhão de reais de janeiro a março de 2016 (Agência Petrobras)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 13 de maio de 2016 às 17h11.

São Paulo – A Petrobras pretende dispensar de 8.000 a 10.000 funcionários apenas neste ano com o programa de demissão voluntária, iniciado neste ano. Com inscrições abertas, a inciativa já conta com 2.500 voluntários até abril. 

No ano passado, uma ação semelhante teve 700 interessados, pessoas que serão demitidas em 2016. Os dados foram divulgados em teleconferência com analistas, no final da manhã de hoje.

Os programas são parte do plano de reestruturação da companhia, iniciado com a deflagração da Operação Lava Jato, em que foi descoberto um esquema de corrupção bilionário.

O cenário desafiador daquela época ainda incluía queda no preço do petróleo, variação cambial, juros maiores e queda de demanda.

Desde então, cortes em áreas administrativas e operacionais da companhia vêm sendo feitos em todas as frentes para adequar o negócio ao novo panorama do setor.

Os resultados das ações parecem estar surgindo aos poucos.

De janeiro a março, a Petrobras registrou um lucro de 1,25 bilhão de reais – bem abaixo dos 37 bilhões registrados no último trimestre de 2015.

Investimentos menores

A empresa fechou as contas de janeiro a março com um caixa positivo de 21 bilhões de dólares em 2016, ante 26 bilhões de dólares no início do ano.

Trata-se do quarto trimestre consecutivo em que a estatal reporta um fluxo de caixa livre positivo.

Para o ano, a maior empresa o país espera investir 15,5 bilhões de dólares, valor 13% abaixo que o desembolsado há um ano, e estima 6 bilhões de dólares em garantias judiciais.

Dezenas de processos contra a empresa foram abertos por acionistas nos Estados Unidos por conta da Operação Lava Jato.

No período, houve um decréscimo de 9% no endividamento bruto, fechado em R$ 450 milhões. A valorização da moeda americana contribuiu para o aumento do endividamento líquido em 3% para 103,8 milhões de dólares.

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