Refinaria da Petrobras no Rio Grande do Norte: Graça Foster acrescentou que o pré-sal brasileiro tem apresentado “potencial acima do esperado” (EXAME/Arquivo)
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2012 às 18h17.
Brasília - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse hoje (19) que a estatal procurará, nas próximas rodadas de negociação, sócios ou parceiros com maior experiência de refino, e citou como exemplo a Petróleos de Venezuela (PDVSA). “Lamento que ela ainda não esteja conosco”, acrescentou. A estatal venezuelana deverá ser sócia da Refinaria Abreu e Lima, a Refinaria do Nordeste (Rnest), que está sendo construída em Pernambuco.
“Com certeza, temos [despertado] o interesse de sócios e parceiros, mas isso [os nomes] é absolutamente confidencial. Precisamos conhecer o outro lado interessado, para que possamos definir nosso portfólio de projetos para a próxima rodada de negócios, que é muito bem-vinda”, disse a presidente da estatal, após participar de audiência na Câmara dos Deputados. Ela também anunciou aos deputados federais que a previsão de investimentos da Petrobras para este ano é R$ 87,5 bilhões.
Graça Foster acrescentou que o pré-sal brasileiro tem apresentado “potencial acima do esperado” e que isso tem favorecido o cenário. “Estamos conseguindo desenvolver, como era esperado, a nossa produção e aprendido com isso. Vamos trazer investimentos a menores custos, conhecendo melhor nossos reservatórios, seu potencial e a forma de produção, tanto no pós como no pré-sal”.
Em agosto passado, a dirigente informou que a negociação com a PDVSA estava dependendo de a estatal venezuelana apresentar garantias bancárias ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na Câmara dos Deputados, ela voltou a demonstrar interesse em contar com essa parceria.
“Se encontrarmos bons sócios, com experiência em refino – coisa que não temos – certamente sentaremos para conversar. A PDVSA é nossa sócia potencial e vem discutindo questões de garantias e contragarantias junto ao pool de bancos com quem vem trabalhando [na busca por financiamentos]. É importante que [a PDVSA] venha porque tem mais experiência em refino. É uma grande parceira. Lamento que não esteja conosco”, disse a presidente.
Sobre a possibilidade de haver aumento no preço dos combustíveis, Foster disse que a companhia tem uma política de preços de médio e de longo prazo. “Trabalhamos pela convergência de preços. Entendemos que esse mercado altamente demandado é extremamente importante inclusive para justificar os investimentos nas refinarias”.