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Petrobras é reconhecida como vítima na Lava Jato por Justiça dos EUA

Divulgado nesta quinta-feira, a Petrobras já recuperou mais de R$ 2,5 bilhões a título de ressarcimento no Brasil

PETROBRAS: o Departamento de Justiça (DOJ) nos Estados Unidos reconheceu que a Petrobras foi "vítima" de esquema de corrupção (Paulo Witaker/Reuters)

PETROBRAS: o Departamento de Justiça (DOJ) nos Estados Unidos reconheceu que a Petrobras foi "vítima" de esquema de corrupção (Paulo Witaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2018 às 11h58.

São Paulo - O Departamento de Justiça (DOJ) nos Estados Unidos reconhece no acordo fechado com a Petrobras que a empresa foi "vítima" de esquema de corrupção que envolveu ex-executivos e ex-diretores investigados pela operação Lava Jato no Brasil. Segundo o fato relevante divulgado nesta quinta-feira, 27, a Petrobras já recuperou mais de R$ 2,5 bilhões a título de ressarcimento no Brasil e continuará tomando as medidas cabíveis.

"Ao longo da Operação Lava Jato, as autoridades brasileiras, incluindo o Supremo Tribunal Federal, reconheceram que alguns ex-executivos da companhia e outros envolvidos participaram de um esquema de corrupção que prejudicou e causou severos danos financeiros à Petrobras", diz a estatal.

No acordo fechado com o DOJ, a Petrobras se responsabiliza pelos atos de certos ex-executivos e diretores que causaram violações às disposições legais sobre registros contábeis e controles internos de acordo com a legislação penal norte-americana ("Title 15 of the United States Code, section 78 m").

SEC

Já a Securities & Exchange Commission (SEC) reconhece a atuação da companhia como assistente de acusação em mais de 50 ações penais no Brasil. Segundo o fato relevante, o acordo com a SEC para encerrar as alegações destaca que os ex-executivos cometeram violações do Securities Act of 1933, bem como das previsões sobre registros contábeis, controles internos e arquivamento de informações falsas previstos no Securities Exchange Act of 1934.

"Essas supostas violações, que não exigem atos intencionais, resultaram em distorções e omissões nos registros feitos junto à SEC e em documentos relativos à oferta pública global de ações em 2010. O acordo com a SEC limita o reconhecimento da companhia quanto aos fatos constantes do acordo com o DOJ", informa a empresa.

A Petrobras ressalta que, no acordo a ser assinado com o MPF, sem atribuição de culpa ou dolo à companhia, conforme a legislação brasileira, serão depositados US$ 682,6 milhões pela estatal em um fundo especial no Brasil. "Este valor será utilizado estritamente segundo os termos e condições do acordo a ser celebrado, incluindo destinação para vários programas sociais e educacionais visando à promoção da transparência, cidadania e conformidade no setor público."

Por fim, segundo o fato relevante, os acordos com o DOJ e a SEC reconhecem as evoluções no programa de conformidade, controles internos e procedimentos anticorrupção da Petrobras. "A companhia concordou em continuar avaliando e aprimorando essas medidas."

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