Eike Batista: não é a primeira vez que governo intervem a seu favor (Fred Prouser / Reuters)
Tatiana Vaz
Publicado em 12 de abril de 2013 às 21h16.
São Paulo – Uma possível quebra das empresas do grupo X, do empresário Eike Batista, não seria nada interessante para o Brasil – e o governo Dilma Rousseff já começa a considerar maneiras de ajudar o conglomerado a neutralizar qualquer risco. É o que mostra uma matéria divulgada nesta tarde pelo sistema de notícias online Valor Pro.
De acordo com as informações, o governo tenta assegurar a demanda pelo Porto de Açu, no Rio de Janeiro, e, para isso, a Petrobras teria sido acionada para iniciar negociações com o grupo. Por enquanto, a estatal estaria avaliando o que poderia ganhar com a operação e a possiblidade de usar as empresas de Eike como troca em outras negociações, segundo uma autoridade do Palácio do Planalto não revelada pela matéria.
A iniciativa seria uma tentativa de o governo ajudar a diminuir a desconfiança dos investidores nas empresas X, cujas ações sofrem forte queda no mercado há algum tempo. Nesta segunda-feira, antes desta notícia, a OGX chegou a cair 13,5%, mas se recuperou e terminou com uma queda bem menor, de 1,75%.
Não seria a primeira vez que o governo Dilma está interferiria a favor dos negócios do bilionário brasileiro. Segundo a matéria, outro movimento foi o de tentar transferir um estaleiro da companhia Jurong, de Cingapura, do Espírito Santo para o Porto de Açu – iniciativa mal sucedida, que ainda teria deixado um mal estar entre a administração Dilma, o governo do Espírito Santos e os parlamentares do estado.