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Petrobras diz ter liberdade para praticar preços de mercado

No passado, a empresa teve prejuízos por vender combustíveis no Brasil a preços mais baixos do que no exterior, mas este cenário vem mudando


	Petrobras: a petroleira voltou a ter lucro no primeiro trimestre após dois períodos consecutivos de perdas
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: a petroleira voltou a ter lucro no primeiro trimestre após dois períodos consecutivos de perdas (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 14h02.

Rio de Janeiro - A Petrobras tem "liberdade" para praticar preços de combustíveis competitivos e de mercado, e esta será uma das ferramentas da empresa para reduzir seus níveis de alavancagem, disse nesta segunda-feira o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, em teleconferência para comentar os resultados do primeiro trimestre.

"A gente tem sempre falado, queria reiterar novamente, que a companhia tem a liberdade e vai atuar praticando preços competitivos e de mercado, esse é o nosso posicionamento e não poderia ser diferente, uma companhia de capital aberto...", afirmou Monteiro.

No passado recente, a Petrobras registrou prejuízos na divisão de Abastecimento por vender combustíveis no Brasil por anos a preços mais baixos do que no exterior, enquanto teve que importar volumes expressivos para complementar sua produção.

No primeiro trimestre, isso mudou com o reajuste de preço de diesel e gasolina no Brasil no fim do ano passado e com a queda dos preços do petróleo.

"Não pode ser outra postura da Diretoria Executiva da Petrobras e não pode ser outra postura que o Conselho de Administração pode esperar da Diretoria Executiva da Petrobras", completou Monteiro, sobre a prática de preços de mercado.

A petroleira voltou a ter lucro no primeiro trimestre após dois períodos consecutivos de perdas, com uma forte melhora do resultado operacional.

O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), por exemplo, cresceu 50 por cento ante um ano antes, para 21,518 bilhões de reais, favorecendo uma redução do indicador de alavancagem (dívida líquida/Ebitda) para 3,86 vezes, ante 4,77 no quatro trimestre.

Monteiro disse ainda que a desalavancagem da companhia deverá se dar por uma série de medidas, além dos preços de mercado dos combustíveis, que estarão presentes no novo plano de negócios, a ser divulgado até meados do próximo mês.

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