Plataforma da Petrobras: "a companhia afirma que manterá a produção nas suas unidades, bem como garantirá o abastecimento do mercado", diz nota (Agência Petrobras)
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2015 às 19h42.
Rio de Janeiro - A Petrobras informou nesta segunda-feira que vai manter a produção de petróleo e garantir o abastecimento do mercado na próxima sexta-feira, quando sindicatos planejam realizar uma greve de um dia, em protesto contra a venda de ativos e em defesa de diretos dos funcionários.
"A Petrobras informa que está recebendo das entidades sindicais comunicados sobre a greve de 24 horas agendada para a próxima sexta-feira (24/07)", disse a petroleira em nota.
"A companhia afirma que manterá a produção nas suas unidades, bem como garantirá o abastecimento do mercado."
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos que representam funcionários da Petrobras, aprovou no domingo o indicativo de greve de um dia para 24 de julho, contra a venda de ativos e em defesa de direitos dos funcionários, informou a entidade em um comunicado.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP), que reúne outros 12 sindicatos, já havia aprovado a indicação de greve. Sindicatos de ambas as federações agora estão realizando assembleias para obter a aprovação dos empregados sobre os protestos.
As duas federações que costumavam se tratar como rivais por diferentes ideais políticos, iniciaram conversas para unificar uma agenda que promete mostrar força contra medidas adotadas pela atual diretoria diante das dificuldades financeiras.
Representantes de ambas as federações afirmaram à Reuters na semana passada que não há divergências em alguns pontos considerados de maior urgência, como desinvestimentos e a defesa de direitos de funcionários próprios e terceirizados nesse processo.
POSSÍVEIS IMPACTOS PARA A PRODUÇÃO
O Sindipetro Norte Fluminense, filiado à FUP e responsável pelos funcionários da Bacia de Campos --a mais importante do país--, publicou nesta segunda-feira sua adesão à greve.
Impactos na produção na Bacia de Campos, responsável por mais de 70 por cento da produção de petróleo do país, no entanto, vão depender de equipes de contingência da Petrobras, afirmou à Reuters o diretor de comunicação, Marcos Brêda.
"Os trabalhadores vão entregar a produção para gestores da companhia e se eles entenderem que não têm condições de levar a produção com equipes de contingência, a gente vai se propor a parar a produção", afirmou Brêda.
"Isso depende muito da Petrobras, mais do que dos trabalhadores, se vai atingir a produção ou não." Em geral, em greves anteriores, a Petrobras conseguiu minimizar os efeitos da paralisação para a produção com a mobilização de equipes de contingência.