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Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 20h24.
Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pode ter uma participação maior na Sete Brasil, empresa criada para gerir um portfólio de 29 sondas para o pré-sal. Já a Petrobras deve ter sua participação diluída.
Em assembleia extraordinária de acionistas realizada nesta segunda-feira, 30, a Petrobras renunciou ao direito de preferência na conversão de dívidas futuras da Sete Brasil Participações em ações. Caso sejam de fato emitidas, as debêntures, papéis que representam a dívida da empresa, terão valor estimado de R$ 1,2 bilhão e poderão ser convertidas pelo BNDES em ações em um prazo que vai de seis meses a seis anos. O banco se tornaria, assim, acionista da Sete, ao lado de outras 12 instituições.
O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a petroleira pode ser diluída de uma participação total de 9,4% para 8,5%, ao tomar a decisão.
O BNDES já é o principal financiador da Sete, que gerencia as sondas através de um fundo específico. O banco entrará com US$ 12,75 bilhões dos US$ 25,5 bilhões a serem financiados para as 29 sondas para águas ultraprofundas, das quais 28 têm contrato de aluguel para a Petrobras. A Sete não descarta expandir o portfólio além das sondas e gerir também barcos de apoio e plataformas flutuantes, embora não esteja nos planos de curto prazo da companhia.
A gestora foi criada a partir de sete investidores: os fundos de pensão Petros (Petrobras), Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica) e Valia (Vale), e os bancos Santander, Bradesco e BTG Pactual. Posteriormente, se juntaram Eletrobras, EIG Global Energy Partners, a Lakeshore, a Luce Venture Capital e o fundo FI-FGTS.
A empresa foi uma forma encontrada para construir as sondas no Brasil (são as primeiras para águas ultraprofundas a serem feitas no País) sem estourar os limites de endividamento da Petrobras. As sondas são de propriedade da Sete, que depois as alugará para a petroleira.
Na assembleia, também foi aprovada a incorporação, pela Petrobras, de subsidiárias do Comperj e da Sociedade Fluminense de Energia (SFE). Também foi aprovada a venda da Innova por R$ 870 milhões. Todos os negócios já haviam sido previamente informados pela Petrobras, mas precisavam de respaldo dos acionistas.
A companhia ainda poderá realizar outra assembleia extraordinária nos próximos meses para aprovar, por exemplo, venda de ativos.