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Petrobras deve perfurar mais 6 poços no pré-sal este ano

A estatal contará com a chegada de mais três sondas, o que elevará para 13 o número de equipamentos operando no pré-sal de Santos

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

Rio e São Paulo - A Petrobras deve perfurar mais seis poços na região do pré-sal da Bacia de Santos até o final do ano, informou hoje o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas.

Sem dar maiores detalhes de quais serão as áreas perfuradas, ele disse que, com estes, serão 16 poços perfurados na região em 2010. "Isso é mais do que tudo o que havia se furado antes", disse.

Para cumprir este objetivo, a estatal contará com a chegada de mais três sondas, o que elevará para 13 o número de equipamentos operando no pré-sal de Santos. A Petrobras também está em processo de contratação de oito cascos, ressaltou Barbassa, que vão operar naquela região.

Até o final do ano o bloco de Tupi deve ser declarado campo produtor, com operação comercial. "Só aí teremos a contabilização das reservas provadas na região", disse, lembrando que o projeto-piloto vai produzir 120 mil barris diários.

Por entrar em operação apenas no quarto trimestre, o piloto vai contribuir pouco para que a companhia alcance a média diária de produção de 2,1 milhões de barris por dia em 2010. Porém, ele afirmou que a meta será cumprida com o aumento da produção em unidades que iniciaram operação no ano passado.

De acordo com perspectivas da área de Exploração e Produção da estatal, 290 mil barris devem ser acrescentados à sua produção média diária por conta de plataformas que entraram em operação em 2009, mas ainda não atingiram capacidade máxima. O gerente geral de Estratégia e Gestão de Portfólio, Hugo Repsold, afirmou que este aumento deverá ocorrer a partir do final de 2010.

Repsold negou que a companhia esteja em ritmo lento de aumento de produção para privilegiar a exploração do pré-sal. Segundo ele, "não há restrições, nem de recursos, nem de investimentos". "Estamos limitados apenas pela dificuldade de ancoragem das sondas que vão perfurar novos poços para serem ligados às plataformas. Não seria seguro colocar vários equipamentos de sondas muito próximos. É de total interesse da companhia acelerar o máximo possível o aumento de produção destes campos", disse.

Plano

A Petrobras vai reavaliar o seu Plano de Investimentos tão logo seja concluído o processo de capitalização. Na teleconferência, Barbassa disse que serão somados ao planejamento a exploração e desenvolvimento da área que a companhia vai receber do governo por meio da cessão onerosa.

"Como a cessão ainda não ocorreu, não temos maiores detalhes, mas certamente vamos incluir os 5 bilhões de barris no plano", disse, descartando a possibilidade de haver uma substituição ou deslocamento de projetos por conta desta inclusão. Para o período entre 2010 e 2014, o plano prevê investimentos US$ 224 bilhões.

Indagado sobre os rumores de que a Petrobras estaria negociando a redução do conteúdo nacional na área da cessão onerosa para poder acelerar a exploração e desenvolvimento destes barris, Barbassa desconversou: "Nós ainda estamos negociando a cessão onerosa, então seria prematuro tratar deste assunto no momento", disse, sem negar, contudo, a possibilidade. "No momento adequado vamos reavaliar estas questões à vista das novas discussões e ver o todo. Não tem como dizer mais nada agora", disse.

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