Petrobras: motivos para o descumprimento da meta foi o atraso na entrega de várias plataformas próprias, da concessão de licenças de operação e da conexão de vários poços (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 16h17.
Rio de Janeiro - A Petrobras descumprirá sua meta de produção para este ano, que era de crescimento de 7,5%, e só registrará um aumento de entre 5,5% e 6%, informou nesta segunda-feira a companhia.
O diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli, afirmou em uma conferência com acionistas que a empresa "está trabalhando" para se aproximar de um aumento de 6% sobre os 1,931 milhão de barris diários registrados em 2013.
Os motivos para o descumprimento da meta, que era de 7,5%, com uma variação de um ponto percentual, foi o atraso na entrega de várias plataformas próprias, da concessão de licenças de operação e da conexão de vários poços.
A Petrobras tinha informado mais cedo que sua produção de petróleo subiu 9% no terceiro trimestre comparado com o mesmo período do ano anterior, o que significa uma média de 2,09 milhões de barris diários.
Em outubro, a Petrobras alcançou nove meses seguidos de alta de produção de petróleo, segundo um comunicado da empresa, que decidiu informar sobre o resultado operacional apesar do adiamento da divulgação do resultado financeiro do terceiro trimestre.
A publicação dos resultados foi atrasada devido à investigação da Operação Lava-Jato.
Segundo o comunicado da Petrobras, a produção de gás natural subiu 7% ante o segundo trimestre e se situou em 441 mil barris diários.
A melhoria se deveu ao começo de operações de quinze poços produtores, chegando a um total de 46 poços no ano. A companhia prevê conectar mais 16 poços no quarto trimestre.
A produção de derivados nas refinarias brasileiras registrou um crescimento de 4% com relação ao terceiro trimestre do ano anterior, com um total de 2,138 milhões de barris diários processados.
Segundo a companhia, 80% do petróleo processado foi procedente de jazidas brasileiros e o restante importado, o que representa um aumento de custos para a companhia.
A oferta de gás natural subiu 14% com relação ao terceiro trimestre de 2013, e com isso chegou a 45,6 milhões de metros cúbicos diários, enquanto a demanda se situou em 97,7 milhões de metros cúbicos.
O aumento da produção de gás permitiu diminuir em 16% a importação de gás natural liquidificado (GNL).