Foster: "Reforço a crença que tenho e a de que a diretoria tem na companhia, sabemos o que é pra fazer..." (Agência Petrobras/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 13h36.
A Petrobras avalia que os fatores que causaram o primeiro prejuízo da empresa em mais de 13 anos no segundo trimestre não devem se repetir na mesma intensidade nos próximos períodos, e a empresa crê numa reversão dos resultados negativos.
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, afirmou nesta segunda-feira ter "extrema confiança" de que a estatal alcançará resultados prósperos nos próximos trimestres.
"Reforço a crença que tenho e a de que a diretoria tem na companhia, sabemos o que é pra fazer... sobre as ações que precisam ser feitas no curto, médio e longo prazos... As nossa reservas estão presentes, as nossas descobertas têm sido constantes, o nosso conhecimento é capaz de reverter o resultado negativo...", disse Graça Foster, como prefere ser chamada a presidente da Petrobras, em teleconferência com analistas.
Na sexta-feira, a Petrobras divulgou um prejuízo líquido de 1,346 bilhão de reais no segundo trimestre, a primeira perda trimestral em mais de 13 anos, por conta da desvalorização do real e da defasagem de preços dos derivados no mercado interno. Uma queda na produção e maiores custos exploratórios também pesaram nos resultados.
A Petrobras teve um grande número atípico de poços secos no segundo trimestre, o que também afetou os resultados. Essas ocorrências têm relação, entre outras coisas, com uma maior exploração em novas fronteiras, afirmou José Formigli, diretor de Exploração e Produção da companhia.
Já o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou durante a teleconferência que a empresa manterá sua política de dividendos, mesmo após o anúncio de resultado negativo.
Uma produção menor da Petrobras no segundo trimestre e a maior utilização de óleo nacional pelas refinarias contribuíram para a redução das exportações da estatal no segundo trimestre, segundo Graça Foster.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, por sua vez, disse que a importação de gasolina projetada para o terceiro trimestre é menor em comparação com períodos anteriores.