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Petrobras confia em acordos com Equador e Venezuela

Presidente da empresa espera que equatorianos paguem a indenização depois da saída do país

A petrobras negocia a construção de uma refinaria com a Venezuela (Germano Lüders/EXAME)

A petrobras negocia a construção de uma refinaria com a Venezuela (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 13h54.

Rio de Janeiro, 1 dez (EFE).- O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse nesta quarta-feira que confia em um acordo satisfatório com o Equador após a saída da companhia desse país e com a Venezuela para a construção de uma refinaria conjunta.

Em entrevista a várias rádios, Gabrielli garantiu que Petrobras decidiu sair do Equador por não aceitar os termos apresentados do Governo desse país para mudar de contrato e espera uma negociação normal para definir a indenização pelos ativos aos que renunciou e que ainda não foram amortizados.

"Equador decidiu mudar os contratos de prospecção e produção de petróleo. Transformar os contratos de participação por contratos de (prestação de) serviços. Não concordamos com os termos do contrato e avisamos ao Governo (equatoriano) que não aceitamos essa migração", disse o presidente da maior empresa brasileira.

Segundo Gabrielli, Petrobras está discutindo com o Equador "a indenização pelos ativos não amortizados" e espera que seja "uma negociação normal entre duas entidades que não convergiram em interesses em um determinado momento".

A saída da Petrobras do Equador foi confirmada na semana passada, quando venceu o prazo que o Governo deu ao para que as multinacionais assinassem novos contratos.

Os dois ativos que Petrobras abandonou no país andino estão situados em Cuenca Oriente do Equador e permitiam à empresa brasileira contar com 2,4 mil barris diários de petróleo, volume equivalente a sua participação nesses campos petrolíferos.

Gabrielli ressaltou igualmente que espera uma negociação satisfatória para concretizar a sociedade da Petrobras e da companhia petrolífera venezuelana PDVSA na refinaria Abreu e Lima, que está em construção desde o ano passado só com investimentos da empresa brasileira.

O presidente da Petrobras destacou que as dificuldades da PDVSA para fornecer os recursos que correspondem não comprometem as obras, que seguem a plenário vapor.


A refinaria Abreu e Lima constrói em Pernambuco e calcula-se que entrará em operações em 2011, com capacidade para processar 230 mil barris de petróleo por dia com petróleo procedente do Brasil e da Venezuela.

As negociações entre Petrobras e PDVSA em torno da refinaria começaram em 2005 e desde então ambas as empresas tentam colocar fim a diversos desacordos.

Apesar do contrato definitivo prevê que a brasileira terá uma participação de 60% no projeto e a venezuelana 40%, Petrobras decidiu iniciar as obras unilateralmente porque PDVSA não conseguiu os recursos comprometidos.

A empresa venezuelana solicitou empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que não foi aprovado pela falta de garantias.

"Não acredito que (o problema da PDVSA) possa prejudicar as obras. As obras estão em pleno andamento e todos os contratos para a aquisição das equipes da refinaria estão praticamente assinados. As obras estão a todo vapor", afirmou Gabrielli.

"A situação societária entre Petrobras e PDVSA será resolvida no momento adequado. Até agora não recebi nenhum recurso, mas os contratos estão em vigor e estamos esperando a posição da PDVSA especialmente nos quais se refere às garantias para a dívida", acrescentou o executivo.

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