Petrobras: companhia confirmou existência de coluna de hidrocarbonetos de aproximadamente 290 metros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2014 às 10h37.
Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - A Petrobras concluiu a perfuração do primeiro poço de extensão de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, e confirmou a existência de coluna de hidrocarbonetos de aproximadamente 290 metros, segundo comunicado publicado nesta segunda-feira.
O poço de extensão tem como objetivo delimitar uma acumulação de petróleo ou de gás natural. A perfuração atingiu a profundidade de 5.734 metros e está localizado a 185 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
As amostras coletadas, com 27 graus API, segundo a petroleira, confirmaram tratar-se do mesmo óleo encontrado a 4 km de distância, no poço descobridor de Libra, realizado antes da licitação da área.
A petroleira estatal acrescentou que o reservatório apresenta "boa porosidade e permeabilidade".
"Está previsto, ainda, um teste de formação na zona portadora de óleo para verificar a produtividade dos reservatórios", destacou a Petrobras no comunicado.
O segundo poço a ser perfurado pelo consórcio vencedor de Libra-- primeira área a ser licitada sob regime de partilha de produção no Brasil-- já atingiu a base da camada de sal e tem previsão de iniciar a fase de perfuração dentro do reservatório nos próximos dias, ainda de acordo com a Petroleira.
Em outubro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a perfuração de um total de seis poços em Libra, até dezembro de 2017.
Dois poços, dos seis autorizados, já estavam previstos no Programa Exploratório Mínimo imposto na assinatura do contrato ao consórcio que arrematou a área e serão concluídos ainda neste ano, conforme informações já publicadas pela Petrobras.
A ANP prevê que Libra seja a maior reserva de petróleo do Brasil, contendo de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis.
A Petrobras é operadora de Libra, com 40 por cento de participação. Suas sócias no ativo são a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, ambas com 20 por cento, além das chinesas CNPC e CNOOC, cada uma com 10 por cento.
Libra, demandará investimentos de 80 bilhões de dólares para ser desenvolvida, segundo afirmou o vice-presidente sênior de Exploração e Produção nas Américas da Total, Ladislas Paszkiewicz, em setembro, em um evento no Rio.