Petrobras: a Mitsui, a segunda maior casa de comércio do Japão, vem se expandindo no Brasil (Vanderlei Almeida/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 16h23.
Candidatos como a Mitsui Co. e a Marubeni Corp. estão se preparando para fazer lances já na próxima semana por uma participação em uma unidade de gasoduto que a estatal Petrobras está oferecendo como parte de um plano de desinvestimentos mais amplo, disseram duas fontes informadas sobre a venda.
Empresas da China e da Espanha também estão se preparando para apresentar propostas à Petrobras por 49 por cento da Gaspetro até o dia 17 de julho, disseram diversas fontes, que pediram anonimato porque o processo é privado.
A Mitsui, a segunda maior casa de comércio do Japão, vem se expandindo no Brasil desde que comprou um grupo de distribuidores da Enron em 2005.
A Petróleo Brasileiro SA, como a produtora com sede no Rio de Janeiro é formalmente conhecida, se une às grandes petrolíferas, como a Chevron Corp. e a ENI Spa, que estão vendendo ativos em meio à queda dos preços do petróleo como forma de arrecadar dinheiro e reduzir os custos operacionais.
A Petrobras pretende vender US$ 15,1 bilhões em ativos até o fim do próximo ano para atender às metas de investimento e começar a lidar com a maior carga de dívida do setor petroleiro.
“Nenhuma decisão foi tomada até este momento”, disse Shuhei Iwanaga, porta-voz da Mitsui. A Marubeni também não tomou nenhuma decisão sobre os ativos até agora, disse uma porta-voz da empresa, que não quis ser identificada devido à política corporativa.
Um assessor de imprensa da Petrobras não quis comentar.
Rede de gasodutos
A Gaspetro tem mais de 7.000 quilômetros de gasodutos no Brasil, que fornecem para usuários residenciais e industriais, de acordo com o site da Petrobras.
A empresa está reduzindo os gastos em unidades periféricas para se concentrar em seus campos de petróleo mais prometedores em águas profundas do Atlântico Sul.
A Mitsui é considerada uma compradora natural porque já trabalhou com a Petrobras antes e está acostumada a deter participações não controladoras, conforme uma das pessoas com conhecimento da situação.
Entre as outras empresas que receberam convites para participar estão a Gas Natural Fenosa e a Engie, que antes era conhecida como GDF Suez SA, disse outra pessoa.
Nenhuma das empresas respondeu a e-mails em busca de comentários.