“Temos de recuperar a eficiência operacional”, disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2012 às 13h08.
Rio de Janeiro - A Petróleo Brasileiro SA, cujas ações têm pior desempenho entre as maiores petrolífeiras mundiais este ano, caminha para sua primeira queda anual de produção desde 2004 com as descobertas sendo insuficientes para compensar a produção reduzida dos campos mais antigos.
A Petrobras teve seu primeiro prejuízo em mais de uma década no segundo trimestre depois da produção ter caído 1,1 por cento em meio aos declínios na Bacia de Campos, paradas para manutenção nas plataformas e o fechamento do Campo de Frade da Chevron Corp., em que a Petrobras tem uma participação minoritária.
“Não estamos otimistas com a produção brasileira -- eles têm tido grandes quedas”, disse Jamie Webster, diretor de inteligência de mercados da PFC Energy Inc., que cobre o setor mundial de petróleo, em entrevista por telefone de Washington. “Não seria muito difícil que eles reduzam a produção.”
Produção em queda e margens reduzidas estão pressionando a Petrobras, que planeja investir US$ 236,5 bilhões até 2016 em uma tentativa de mais que dobrar a produção. A companhia tem sido afetada por atrasos de mais de um ano na entrega de equipamentos necessários para desenvolver as descobertas no pré- sal, as maiores nas Américas em três décadas, em meio às exigências de que até 65 por cento de suas compras sejam locais, disse Webster.
“Temos de recuperar a eficiência operacional e temos de ser muito disciplinados sobre nosso calendário de manutenção e nossas paradas”, disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em teleconferência no dia 6 de agosto. “Mantemos nossas metas para 2012.”