A última certidão de reservas provadas estabeleceu que a Bolívia tem 10,45 trilhões de pés cúbicos de gás natural (Divulgação/Gás Natural Fenosa)
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2015 às 16h57.
La Paz - A Petrobras assinou nesta terça-feira com a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) um convênio para impulsionar a exploração de gás natural em três áreas na região sulina de Tarija.
O documento foi assinado pelo representante da Petrobras na Bolívia, Erick Portela, e o presidente da YPFB, Guillermo Achá, em um ato na cidade de Tarija.
Trata-se de um "memorando de entendimento" para "que comecem todas as atividades prévias à assinatura de um contrato para as áreas de San Telmo, Sunchal e Astillero", que têm um potencial de 4,88 trilhões de pés cúbicos de gás natural, explicou Achá.
O documento abre a possibilidade de um investimento de até US$ 2,057 bilhões, que incluiriam as atividades de exploração, transporte e a construção de usinas nos três blocos, acrescentou.
"Estas novas áreas vão permitir aumentar nossas reservas e consolidar o departamento de Tarija como centro energético da Bolívia", acrescentou Achá.
Esse departamento possui cerca de 85% das reservas de gás natural da Bolívia.
Além dos 4,88 trilhões de pés cúbicos de gás, espera-se poder confirmar nestas três áreas reservas de mais de 100 milhões de barris de líquidos, indicou a YPFB em comunicado.
A companhia petrolífera boliviana e o Ministério de Hidrocarbonetos do país também assinaram outro memorando de entendimento com a empresa russa Gazprom, para a "atualização do esquema geral para o desenvolvimento do setor de gás da Bolívia até 2030".
A última certidão de reservas provadas estabeleceu que a Bolívia tem 10,45 trilhões de pés cúbicos de gás natural.
A Bolívia iniciou uma intensa exploração de novas jazidas para ampliar suas reservas, o que, no atual ritmo de consumo, conseguiriam em 2023, embora analistas críticos considerem que na realidade haverá déficit a partir de 2017.
Atualmente, o país andino exporta gás natural para Brasil e Argentina.