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Petrobras apresentará balanço não auditado no dia 27

A divulgação do balanço é uma condição para que os credores da estatal não cobrem antecipadamente uma série de títulos da empresa


	Petrobras: balanço consolidado, após avaliação de auditoria independente, não tem previsão de divulgação
 (Acordo salgado)

Petrobras: balanço consolidado, após avaliação de auditoria independente, não tem previsão de divulgação (Acordo salgado)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 15h24.

Rio - A Petrobras decidiu apresentar no dia 27 o balanço não auditado do terceiro trimestre de 2014, suspenso desde novembro em decorrência das investigações da operação Lava Jato.

Em reunião de conselheiros de administração, a companhia detalhou os cenários estimados para o cenário internacional desfavorável, com a forte queda da cotação de petróleo, além de alternativas para conter a perda de caixa.

A estatal também definiu o novo diretor de governança, responsável por "mitigar os ricos de fraude e corrupção".

A divulgação do balanço é uma condição para que os credores da estatal não cobrem antecipadamente uma série de títulos da empresa.

O prazo final expira no dia 30 de janeiro, e por isso a determinação em apresentar no dia 27 os resultados não auditados.

Antes, os números serão apreciados pelo Conselho, em reunião extraordinária no Rio.

O balanço consolidado, após avaliação de auditoria independente, ainda não tem previsão de divulgação.

A maior parte das oito horas de reunião foi dedicada à análise do cenário turbulento para o mercado de óleo e gás.

Ontem, a cotação de óleo Brent chegou ao menor valor em nove anos, aos US$ 46,59, e põe em risco investimentos da companhia. Por isso, foram discutidas medidas para garantir a viabilidade financeira da companhia.

Segundo fontes do colegiado, a determinação é que a companhia não recorra a novos empréstimos e financiamentos neste ano.

A opção da companhia, neste momento, é aproveitar o atraso no cronograma de projetos para economizar.

A maioria dos projetos é da área de exploração e produção de petróleo, mas a situação abrange também novas unidades, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Também foram suspensas as análises de opções de desinvestimentos e vendas de ativos de exploração e produção, sobretudo em áreas do pré-sal.

"A empresa considera que, neste momento, vender esse tipo de ativos não é um bom negócio", informou a fonte.

Governança

A Petrobras também anunciou na terça-feira, 13, a escolha do executivo João Adalberto Elek Junior como novo diretor de governança da companhia.

Oficialmente, caberá ao executivo analisar previamente as pautas e projetos em análise pela estatal para atestar a lisura dos procedimentos internos.

Elek participará de reuniões de diretoria e, segundo a empresa, "as matérias a serem submetidas à deliberação deste colegiado deverão contar, necessariamente, com prévia manifestação favorável desse diretor".

Seu perfil fortemente relacionado ao mercado financeiro indica que será dele o desafio de recompor laços de confiança dos investidores com a empresa.

O executivo atuou em empresas como AT&T, Fibria e Net, como diretor financeiro e de relações com investidores.

Na Fibria, também atuou na área de controle de gestão e riscos, função semelhante à que vai desempenhar na Petrobras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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