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Perdas de LLX e Eneva crescem no trimestre

Empresas que pertenciam a Eike Batista tiveram seus controles vendidos recentemente


	Obras da LLX no Porto do Açu: companhia registrou perdas de R$ 38,4 milhões no terceiro trimestre
 (Divulgação)

Obras da LLX no Porto do Açu: companhia registrou perdas de R$ 38,4 milhões no terceiro trimestre (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de novembro de 2013 às 08h45.

Rio - Na primeira divulgação de resultados após rearranjos societários que diluíram a fatia do empresário Eike Batista em seu capital, a LLX Logística e a Eneva (ex-MPX), ampliaram seus prejuízos. A companhia de energia fechou o 3º trimestre com resultado negativo de R$ 178 milhões, aprofundando em 105,4% as perdas, em relação ao mesmo período do ano passado. Já a LLX teve prejuízo de R$ 38,5 milhões - aumento de quase oito vezes sobre período de julho a setembro de 2012.

As mudanças vieram na esteira da crise financeira e de confiança que se abateu sobre o grupo X, forçando seu controlador a negociar as companhias. Apesar das alterações, o terceiro trimestre não trouxe alívio para as empresas.

A Eneva fechou o período com resultado financeiro líquido negativo de R$ 98,7 milhões, 790% acima do registrado em 2012. O desempenho foi afetado pelo aumento de custos com atrasos em usinas e encargos da dívida da controladora. As dívidas chegaram a R$ 5,5 bilhões no período (45% de curto prazo).

A empresa espera concluir nas próximas semanas um acordo com bancos para rolagem de títulos no valor de R$ 1,4 bilhão por 12 meses. Em seguida, cogita, no segundo semestre do próximo ano, renegociar as dívidas com debêntures. "Isso é apenas o ponto de partida. Iremos implantar um conceito de gestão de melhoria operacional e conseguiremos reduzir as despesas administrativas", disse o vice-presidente, Frank Possmeier.

Mesmo com números desfavoráveis, o executivo repete a crença de outros trimestres em uma "tendência clara de melhora". A aquisição da OGX Maranhão, em outubro, trará um novo aporte de R$ 250 milhões com a entrada do fundo de investimentos Cambuhy. O novo parceiro fica com 72,7% das ações, enquanto Eneva fica com 18,2% e a E.ON, com 9,1%.

A previsão para o aporte é a primeira semana de janeiro, e os recursos seriam utilizados para cumprir o investimento para 2014 e reduzir a dependência de capital de terceiros na empresa. A operação depende da aprovação de órgãos reguladores e do aval dos responsáveis pelo processo de recuperação judicial da OGX. "Nenhum juiz ou credor impediria a aquisição da OGX Maranhão", afirmou Karrer, que considera a OGX Maranhão uma empresa "estável" e com "futuro brilhante".

Logística

A receita líquida de aluguel da LLX no Superporto do Açu recuou 15,9% no trimestre, para R$ 14,8 milhões. A queda foi atribuída a receitas não recorrentes de 2012. As despesas administrativas saltaram 39,4%. Em teleconferência na qual não houve pergunta dos analistas, o presidente interino, Eugenio Figueiredo, prometeu disciplina nos gastos e destacou que a LLX é pré-operacional.

Após o pedido de recuperação judicial da OSX, na segunda-feira, a LLX decidiu contabilizar como despesa R$ 7,5 milhões a receber de aluguel da empresa no Açu, e R$ 1,6 milhão de despesas de compartilhamento de custos. Ambas renegociam o acordo de instalação do estaleiro da OSX no Açu. O acerto reduzirá em 50% a área ocupada e o aluguel pago pela empresa.

A LLX receberá R$ 1,3 bilhão do aumento de capital realizado com a entrada da EIG no controle. Ontem (14), a empresa anunciou que restam 34% das ações emitidas a serem subscritas por acionistas. O caixa da LLX se deteriorou em mais de R$ 200 milhões, para R$ 99 milhões entre julho e setembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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