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Pequenas e médias empresas perdem dois dias da semana lidando com despesas, aponta estudo

Mais de 20 horas semanais são consumidas por tarefas financeiras, prejudicando a competitividade e o crescimento das empresas

Gestão de despesas: 1.524 empreendedores e gestores financeiros de todo o Brasil foram entrevistados (ojogabonitoo/Getty Images)

Gestão de despesas: 1.524 empreendedores e gestores financeiros de todo o Brasil foram entrevistados (ojogabonitoo/Getty Images)

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 10h00.

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 10h13.

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As micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) brasileiras enfrentam uma realidade desafiadora: dedicam, em média, 21,47 horas por semana à gestão de despesas corporativas. Isso é o equivalente a quase dois dias e meio de trabalho em uma semana útil.

Esses dados são parte do estudo “Panorama da Gestão de Despesas Corporativas no Brasil”, conduzido pela fintech Conta Simples com apoio da Visa e realizado pela New Field Research. Ao todo, entrevistou 1.524 empreendedores e gestores financeiros de todo o Brasil entre novembro e dezembro de 2024.

O que mostra a pesquisa?

A pesquisa revela que em 46% das empresas, são os próprios donos ou sócios que acumulam a responsabilidade pela gestão financeira, uma tendência que cresce para 59% nas microempresas.

Em organizações mais jovens, com até quatro anos de operação, o percentual chega a 64%. Esse cenário aponta para uma sobrecarga nos gestores, que precisam dividir o tempo entre tarefas operacionais e estratégicas. No caso das médias empresas, 24% ainda mantêm essa tarefa sob responsabilidade direta dos sócios.

Os dados também indicam que a adoção de tecnologias específicas pode ser um divisor de águas. Empresas que utilizam plataformas automatizadas (como a própria Conta Simples, Conta Azul e Omie) conseguem reduzir até cinco horas por semana na gestão financeira, o que representa uma economia de 260 horas ao ano.

A falta de ferramentas apropriadas, segundo o levantamento, não apenas compromete a produtividade, mas também cria um gargalo estratégico. O estudo também mostrou que empresas que investem em tecnologia relatam maior autonomia dos times, redução de custos operacionais e mais controle financeiro.

Segundo o levantamento, 80% dos entrevistados acreditam que uma gestão financeira mais organizada impacta diretamente na capacidade de expandir o negócio. Entretanto, a resistência à mudança e a falta de recursos ainda são barreiras significativas.

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