Negócios

Pequenas e médias empresas crescem 9,4% no terceiro trimestre

No acumulado do ano até setembro, o índice mostra crescimento de 5,1% frente ao mesmo período do ano anterior

Pequenas empresas: PMEs crecem em setembro e fecham terceiro trimestre com crescimento (Morsa Images/Getty Images)

Pequenas empresas: PMEs crecem em setembro e fecham terceiro trimestre com crescimento (Morsa Images/Getty Images)

Isabela Rovaroto
Isabela Rovaroto

Repórter de Negócios

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 16h47.

A movimentação financeira média das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras cresceu 6,9% na em setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), o setor encerrou o terceiro trimestre do ano com alta de 9,4% ante o terceiro trimestre de 2022.

Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 6,0%. No acumulado do ano até setembro, o índice mostra crescimento de 5,1% frente ao mesmo período do ano anterior.

Para o economista Felipe Beraldi, o desempenho do mercado de PMEs em setembro segue a mesma tendência dos últimos meses, com o aquecimento do mercado pelos segmentos de Indústria e Serviços.

A movimentação financeira real das PMEs industriais avançou 16,8% em setembro de 2023 na comparação anual – nono mês consecutivo de crescimento nesta base de comparação.

Beraldi explica que a recuperação do mercado de pequenas e médias empresas no país é um dos fatores por trás do crescimento da economia doméstica em ritmo acima do esperado pelo mercado no início do ano.

“Em linhas gerais, a evolução da renda das famílias, combinado com o maior controle inflacionário, especialmente sobre bens essenciais, como alimentos e combustíveis, são os principais fatores por trás do maior dinamismo visto no mercado de PMEs nos últimos meses”, diz .

Quais segmentos mais cresceram em setembro

No último mês, o IODE-PMEs mostra que o desempenho positivo da Indústria foi sustentado pelas atividades de:

  • ‘Impressão e reprodução de gravações’
  • ‘Fabricação de produtos alimentícios’
  • ‘Fabricação de produtos químicos’

O setor de Serviços também vem se destacando nos últimos meses, contribuindo para a manutenção do crescimento do mercado de pequenas e médias empresas nos últimos dois trimestres. O índice aponta que a movimentação financeira das PMEs de Serviços registrou expansão de 5,6% no último mês em termos anuais, avanço sustentado por segmentos como:

  • ‘Serviços financeiros’
  • ‘Atividades administrativas e serviços complementares’
  • ‘Educação’

Já no caso do Comércio, o setor registrou retração de 6,9%, que segue disseminada entre as grandes categorias deste mercado (atacado e varejo).

No varejo, o índice mostrou retração de 10,9% no último mês, reflexo da redução da movimentação financeira real em atividades como:

  • ‘Equipamentos de escritório’
  • ‘Calçados’
  • ‘Tintas e materiais para pintura’

Quais segmentos encolheram em setembro

“Na contramão do desempenho fraco das PMEs do setor nos últimos meses, alguns segmentos altamente dependentes da evolução da renda das famílias – como o varejo de alimentos e bebidas – apresentaram crescimento no período”, diz Beraldi.

Por fim, o IODE-PMEs também mostrou recuo do setor de Infraestrutura no período (-9,7%), após modesto crescimento em agosto (+2,8%), resultado que reflete a retração das atividades como:

  • ‘Obras de infraestrutura’
  • ‘Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação’

“Por outro lado, no segmento de Construção, continuamos observando crescimento das PMEs de ‘Serviços especializados para construção’, que englobam desde obras de fundação até serviços de acabamento em obras imobiliárias”, diz o economista.

Acompanhe tudo sobre:Pequenas empresaseconomia-brasileira

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia