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Pepsi: a carta que valia um bilhão de dólares e não foi lida

A empresa foi condenada por tribunal americano a pagar 1,26 bilhão de dólares


	A PepsiCo é uma das maiores fabricantes mundiais de alimentos
 (Don Emmert/AFP)

A PepsiCo é uma das maiores fabricantes mundiais de alimentos (Don Emmert/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2013 às 14h30.

São Paulo - Kathy Henry, vinte anos de experiência como assistente de diretoria, falhou e não abriu uma carta do tribunal há seis meses. Hoje a empresa é condenada a pagar 1,2 bilhões de dólares, sem sequer ter sabido que o seu julgamento tenha tido lugar.

A empresa da Carolina do Norte foi condenada por um tribunal de Wisconsin a pagar US$ 1,26 bilhões. Dois empresários de Wisconsin, Charles e James Joyce Voigt, dizem que tinham entrado em acordo em 1981 com a Pepsi sobre o conceito de água purificada engarrafada. Com a marca Aquafina a idéia se tornou o maior sucesso. Eles alegaram então que o grupo Pepsi não honrou o contrato estabelecido e apresentaram uma queixa ao tribunal do condado de Jefferson em 28 de abril passado. Quando recebeu a carta contendo a notificação dirigida à gigante de bebidas, Kathy afirma que a pôs na gaveta, para ler depois, pois estava muito ocupada preparando a reunião do conselho de administração.

O julgamento foi realizado em 30 de setembro, e a Pepsico foi condenada por omissão, ou seja, na sua ausência e sem nenhuma defesa. A PepsiCo procurou reformar o julgamento, alegando, que a quantia exigida é equivalente a 20% do seu lucro líquido anual.

Sexta-feira passada, o tribunal invalidou a possibilidade de dar a empresa uma oportunidade para se defender.

Professor do IBMEC-SP, FIA e BSP, Gilberto Guimarães é diretor geral da multinacional francesa Groupe BPI no Brasil, empresa que atua na área de consultoria, RH e reorientação profissional. É também autor dos livros ''Esta Desabalada Carreira'' (GC Engenharia) e ''Tempos de grandes mudanças'' (Senac São Paulo).

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