Papelada: a elevação dos custos acima da produtividade é um dos motivos (Stock Exchange)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2014 às 10h56.
São Paulo - Os pedidos de falência cresceram 8,5% em maio comparativamente a abril. Em números absolutos, foram 141 requerimentos no mês passado. Em abril, haviam sido 130 pedidos.
Na comparação com maio de 2013, quando foram formalizados 156 pedidos de falência, verifica-se um recuo de 9,6%. É o que mostra Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações.
De acordo com a empresa, dos 141 requerimentos de falência anotados em maio, 70 foram de micro e pequenas empresas, 41 de médias e 30 de empresas de grande porte.
Segundo os economistas da Serasa, os 141 requerimentos de maio formam o segundo maior número de pedidos de falências do ano até agora.
"É reflexo do ambiente conjuntural adverso que as empresas brasileiras estão enfrentando: estagnação do crescimento da economia, que afeta a geração de caixa", dizem.
Ainda segundo os economistas da Serasa Experian, contribuíram para o aumento dos pedidos de falência no mês passado a elevação dos custos acima da produtividade e a alta do custo do capital de giro por conta do aumento da taxa de juros.
"Esta conjuntura desfavorável impõe dificuldades para as empresas honrarem seus compromissos financeiro junto aos seus credores bancários e não bancários, originando os pedidos de falências", justificaram os economistas.
Recuperações
Segundo a Serasa Experian, as recuperações judiciais requeridas em maio apresentaram queda de 11,4% em maio de 2014, quando comparadas com abril. Foram 78 solicitações no mês passado, contra 88 mil no período anterior.
As micro e pequenas empresas lideraram os pedidos de recuperação, com 39 solicitações, seguidos pelas médias, com 20, e grandes, com 19 pedidos.