Negócios

Ele começou como garçom e hoje, aos 36 anos, lidera negócios de R$ 50 milhões

O empreendedor Paulo Motta já fez todo tipo de negócio: abriu um bar, fez um evento para competir com o UFC e trouxe o maior evento de pôquer do mundo ao Brasil

Paulo Motta: "Networking bem-feito é poder"Networking bem-feito é poder", diz empreendedor

Paulo Motta: "Networking bem-feito é poder"Networking bem-feito é poder", diz empreendedor

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 14 de abril de 2025 às 14h47.

A trajetória do empreendedor Paulo Motta começou longe dos escritórios luxuosos e dos jantares exclusivos que organiza atualmente. Quando adolescente, trabalhava como garçom e já foi até estagiário da Nestlé, mas sempre soube que precisava seguir no empreendedorismo.

Hoje, aos 36 anos, ele é referência nos mercados de investimentos imobiliários, networking e gestão de carreiras. Com uma visão estratégica e uma rede de contatos poderosíssima, Paulo comanda empresas que juntas faturam aproximadamente R$ 50 milhões por ano.

Os primeiros passos

O primeiro negócio surgiu na adolescência, quando iniciou uma assessoria de recreação infantil, alugando equipamentos e organizando festas para crianças. "Eu sempre gostei de unir pessoas. Ainda na escola, fazia eventos para arrecadar dinheiro e realizar algo divertido para todo mundo", diz Motta.

No entanto, Paulo decidiu seguir um caminho tradicional e trabalhou como garçom e estagiário na Nestlé. Mas, logo, ele percebeu que seu destino era outro. "Enquanto eu recebia meu salário na empresa, em um único evento eu ganhava o equivalente ao mês inteiro. Foi quando entendi que precisava seguir minha paixão", diz ele.

Desafios, quedas e novos começos

Com coragem, Paulo abriu seu próprio bar, o Esquenta SP, que rapidamente se tornou um ponto de encontro de personalidades. Contudo, decidiu vender o negócio e investir em um evento de lutas que almejava competir com o UFC. O projeto não deu certo e a falência foi um golpe duro. "Quebrei, entrei em depressão, achei que tudo estava perdido", disse.

Apesar do fracasso, sua rede de contatos o ajudou a encontrar novas oportunidades. Ele passou a trabalhar no departamento comercial do Instituto Neymar Jr., o que abriu portas no mundo dos grandes negócios e das celebridades. "O Neymar estava em alta, e isso me deu acesso a um networking que mudou minha vida", diz.

O império do networking

Com a experiência acumulada, Paulo fundou a Blays, agência de eventos e gestão de carreiras que hoje fatura mais de R$ 2,5 milhões por ano. Ele também trouxe ao Brasil o World Series of Poker (WSOP), maior torneio de pôquer do mundo.

Mas foi no setor de investimentos que encontrou seu maior crescimento. Como sócio da IMvester, atua transformando imóveis em fontes de renda para investidores.

Também criou a holding The Networkers, focada em gerar conexões estratégicas entre empresários e prestadores de serviços qualificados.

Atualmente, Paulo é vice-presidente do Grupo Mercado & Opinião, onde organiza encontros entre os maiores empresários do Brasil, em parceria com o fundador Marcos Koenigkan. Segundo estimativas, o grupo reúne empresas responsáveis por aproximadamente 45% do PIB nacional.

"Criamos um ambiente onde CEOs, fundadores e líderes podem compartilhar experiências e construir oportunidades reais. Networking bem-feito é poder", afirma.

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