Negócios

Paulo Caffarelli, CEO da Cielo, renuncia ao cargo

Gustavo Henrique Santos de Sousa, atual vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores, será seu sucessor no cargo

A informação consta de ata de reunião extraordinária do conselho de administração da companhia (Paulo Whitaker/Reuters)

A informação consta de ata de reunião extraordinária do conselho de administração da companhia (Paulo Whitaker/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 19 de maio de 2021 às 19h58.

Última atualização em 19 de maio de 2021 às 20h17.

A Cielo informou nesta quarta-feira que seu diretor-presidente, Paulo Caffarelli, renunciou ao cargo e que Gustavo Henrique Santos de Sousa, atual vice-presidente de finanças e diretor de relações com investidores, será seu sucesso no cargo.

A informação consta de ata de reunião extraordinária do conselho de administração da companhia. Segundo o documento, Sousa tomará posse no novo cargo após aval do Banco Central.

Caffarelli segue na Cielo até 31 de maio para coordenar uma transição. Inicialmente, Sousa complementará o mandato de dois anos até a reunião do conselho da Cielo sobre o balanço de 2021.

Caffarelli chegou à Cielo no final de outubro de 2018, após deixar o comando do Banco do Brasil, com o objetivo de mudar a estratégia da empresa líder em pagamentos no Brasil, passando se concentrar mais nos lucrativos mercados de pequenas e médias empresas, processo hoje em andamento.

No entanto, a companhia seguiu perdendo participação num mercado que outrora dominava com a Rede, após uma abertura promovida pelo Banco Central ter incentivado a aparição de mais de 20 adquirentes e duas centenas de subadquirentes no Brasil.

Desde então, a Cielo perdeu dois terços de seu valor de mercado, para cerca de 10,6 bilhões de reais, valendo pouco mais de um décimo de sua rival menor Stone.

No mês passado, a Cielo reportou lucro recorrente de 135,8 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 18,6% ante mesma etapa do ano anterior.

Além da feroz concorrência de diversos novos adquirentes, a Cielo começa a enfrentar também a concorrência de carteiras digitais, como Mercado Pago e PicPay, sem contar a entrada em vigor do sistema instantâneo de pagamentos PIX, no fim do ano passado, que deve pressionar ainda mais as margens do setor.

A troca no comando da Cielo ocorre também em meio a sucessivos rumores de que os sócios controladores Bradesco e Banco do Brasil negociavam deslistar a companhia ou vender uma participação no negócio, o que foi sempre negado pelos bancos.

A mudança também vem enquanto a GetNet, rival controlada pelo Santander Brasil, planeja listagem na B3 e na Nasdaq, enquanto a Caixa Econômica Federal indica que pretende também fazer uma oferta inicial de ações de sua unidade de pagamentos.

Quais são as tendências entre as maiores empresas do Brasil e do mundo? Assine a EXAME e saiba mais.

Acompanhe tudo sobre:CieloExecutivos

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'