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Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 17h34.
Alguns dos sintomas mais nefastos - e também mais comuns - em tempos de crise são o cancelamento de projetos, o adiamento de investimentos e até o fechamento de empresas. Exemplos recentes não faltam, como o desaparecimento, em setembro, do banco de investimento Lehman Brothers e a situação dramática da General Motors.
Mas é justamente em meio a esse ambiente de incerteza que a empresa de engenharia Promon e o banco Pátria decidiram criar uma gestora de fundos de investimento com o objetivo de captar recursos - sobretudo no exterior - para financiar projetos em infra-estrutura no Brasil. Cada sócio terá metade do capital da nova empresa, já batizada de P2 Brasil.
O primeiro fundo, de 750 milhões de dólares, começará a captação no primeiro trimestre de 2009 e fará o primeiro investimento provavelmente até o fim de junho.
Pátria e Promon estudavam a criação da nova empresa há aproximadamente um ano. No início de setembro, estavam prestes a anunciar a sociedade ao mercado quando foram surpreendidos pela crise. "A mudança no cenário nos fez refletir e analisar a operação novamente, e concluímos que, apesar da crise, há muitas oportunidades na área de infra-estrutura", diz Octavio Castello Branco, sócio do Pátria.
Os fundos de investimento em infra-estrutura estão entre os que mais crescem no mundo. No Brasil, não há mais que cinco, mas a maioria investe em projetos já maduros, em pleno funcionamento, que garantem retorno de 10% a 12% ao ano.
Os fundos da P2 Brasil serão direcionados para projetos novos ou para a expansão de empreendimentos já existentes, e as principais áreas de atuação serão os setores de logística, petróleo e saneamento básico. Os sócios estimam que, depois de sete anos do início da captação, os empreendimentos estarão prontos e gerando receitas.