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Parques e televisão salvam resultado da Disney

Apesar do sucesso de “Homem de Ferro 3”, divisão de parques e ESPN foram os destaques do trimestre


	O Parque Magic Kingdom é parte do Walt Disney World, na Flórida
 (Joe Raedle / Getty Images)

O Parque Magic Kingdom é parte do Walt Disney World, na Flórida (Joe Raedle / Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 18h10.

São Paulo – Os últimos meses mostraram que a Disney acerta e erra muito. O seu balanço trimestral, divulgado nesta quarta-feira, ainda não contabiliza todas as perdas com o fracasso de “O Cavaleiro Solitário” mas já mostra que por enquanto, parques e televisão são as chaves para entender sua lucratividade.

No segundo trimestre de 2013, a receita da empresa chegou a 11,578 bilhões de dólares (um ligeiro crescimento de 4%) e o lucro permaneceu praticamente o mesmo em 1,85 bilhão (aumento de 0,9%). O lucro por ação ficou em 1,01 dólar, como era esperado por analistas consultados pela Thomson Reuteurs.

A divisão de parques e resorts teve um aumento de 9% na receita operacional, que chegou a 689 milhões de dólares, puxada por novas atrações (como a expansão do Magic Kingdom) e aumento nos gastos dos visitantes. A empresa começou a experimentar recentemente com uma nova pulseira eletrônica que serve como ingresso, chave e cartão de crédito – os resultados preliminares são promissores.

Outro destaque do balanço foi a receita da televisão a cabo, que subiu 8% graças ao crescimento de taxas e de receita publicitária na ESPN e na A&E Television Networks.

Blockbusters

Já no estúdio, o cenário muda: a receita operacional do segmento despencou 36% para 201 milhões de dólares. O presidente-financeiro da empresa, Jay Rasulo, declarou ontem que a empresa espera assumir prejuízo entre 160 e 190 milhões de dólares com o “Cavaleiro Solitário” no trimestre atual. O número beira os 200 milhões de perdas que a empresa registrou com “John Carter” no ano passado.

A série de decepções não deve mudar a estratégia do estúdio. Na conferência de analistas, o presidente-executivo Robert Iger reafirmou o foco em filmes-evento: “Uma forma de se destacar da competição é com um grande filme – não só de grande orçamento, mas também grande história, grande elenco e grande marketing por trás”.

A Disney também emplacou o maior sucesso do ano até agora, “Homem de Ferro 3”, que já ultrapassou os 400 milhões de dólares em bilheteria só nos Estados Unidos. O sucesso é grande, mas inferior ao de “Os Vingadores”, que liderou o ranking no ano passado com 1,5 bilhão de dólares arrecadados ao redor do mundo.

Mais do que tudo, essa dupla mostra que foi acertada a decisão da Disney de comprar a Marvel por 4 bilhões de dólares em 2009. Em outubro do ano passado, a empresa adquiriu a LucasFilm por praticamente o mesmo valor, e aposta que o sucesso vai se repetir quando os novos filmes da franquia “Star Wars” começarem a ser lançados em 2015.

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