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Parnaíba Gás Natural estuda aquisições em meio à crise

Maior produtora independente de gás natural do Brasil investiu R$ 800 milhões no ano passado para expandir infraestrutura


	Gás natural: empresa já quase dobrou a produção no ano passado, e está de olho em ativos depreciados para comprar este ano.
 (Divulgação)

Gás natural: empresa já quase dobrou a produção no ano passado, e está de olho em ativos depreciados para comprar este ano. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2016 às 14h42.

A Parnaíba Gás Natural, maior produtora independente de gás natural do Brasil, está estudando aquisições e se preparando para aumentar a produção na maior economia da América Latina.

A produtora com sede no Rio de Janeiro investiu R$ 800 milhões (US$ 223 milhões) no ano passado para expandir a infraestrutura e perfurar 30 poços, na maior campanha de perfuração em terra do Brasil, disse o presidente Pedro Zinner em uma entrevista.

Isso abriu caminho para a empresa quase dobrar a produção, para 8,4 milhões de metros cúbicos em julho, e pretende expandir ainda mais, disse ele.

“Estamos sempre olhando as oportunidades”, disse Zinner no escritório da empresa no Rio de Janeiro. “Veremos muitos ativos depreciados”.

A Petrobras busca vender diversos ativos, como dutos e campos de petróleo offshore, em um esforço para reduzir a maior dívida do setor petroleiro e suportar o pior mercado de petróleo em uma geração.

Além das aquisições potenciais, a Parnaíba também planeja buscar mais campos de gás em sete concessões que obteve em outubro. A empresa planeja começar a utilizar tecnologia sísmica no ano que vem para mapear a geologia e localizar pontos de perfuração, disse Zinner.

No mês passado, a produtora de energia Eneva, que possui 27,3 por cento da Parnaíba, assinou um acordo com as outras principais acionistas da empresa para incorporá-la como subsidiária.

O Cade aprovou o acordo na semana passada. Esse acordo ainda precisa ser aprovado na reunião dos acionistas. A Parnaíba fornecerá sua crescente produção de gás para as usinas de energia elétrica da Eneva, que estão entre as mais eficientes do Brasil, disse Zinner.

“O upstream será o braço de crescimento da nova entidade”, disse Zinner. “Este ano foi bom, apesar de toda a turbulência”.

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