Negócios

Paris 2024: comerciantes perdem até 70% do faturamento e revelam o lado obscuro das Olimpíadas

Queda no faturamento em Jogos Olímpicos não é novidade. Oscilação aparece como lição para empreendedores ao redor de todo o mundo

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 16h14.

Tudo sobreBranded Marketing Finanças
Saiba mais

A expectativa em torno dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 era de uma grande movimentação econômica, impulsionando negócios locais e fortalecendo a economia da cidade. No entanto, o impacto real foi bem diferente do projetado.

Empresários, como Jay Swanson, um YouTuber de 39 anos e criador do guia digital Paris in My Pocket, viram suas receitas despencar durante o evento. Segundo ele, sua empresa, que faturou cerca de US$ 156 mil em 2023, sofreu uma queda de 35% em 2024, totalizando menos de US$ 96 mil. “Os parisienses foram embora”, afirmou Swanson.

As informações foram retiradas da CNBC Make It.

O fenômeno não foi isolado. Relatórios da Confederação de Comerciantes Franceses apontam que hotéis, lojas e restaurantes tiveram perdas de até 70% nos dias que antecederam os Jogos. O motivo? Uma combinação de fatores que incluíram aumento abusivo nos preços da hospedagem, que afastou turistas, e restrições de segurança que dificultaram a circulação na cidade.

+ EXAME e Saint Paul se juntam para oferecer treinamento sobre finanças corporativas com certificado. Inscreva-se aqui.

Inflação nos preços afastou turistas

A ideia de que a cidade estaria lotada de visitantes levou os proprietários de hotéis e Airbnbs a elevarem os preços.

Em julho de 2024, a média de diárias em hotéis estava 70% mais cara em relação ao ano anterior, conforme relataram autoridades de turismo de Paris, à Reuters. No entanto, essa alta de preços teve um efeito contrário: muitos turistas desistiram de viajar para a cidade.

“Todo mundo olhou para os preços e pensou: ‘isso é impossível. Não vou fazer isso’,” disse Swanson. A baixa taxa de ocupação levou à queda nos preços pouco antes do evento, mas já era tarde para reverter o impacto na demanda.

Além disso, os turistas que visitaram Paris durante as Olimpíadas tinham um foco muito específico: os Jogos. Muitos se concentraram apenas nas áreas dos eventos esportivos, reduzindo drasticamente o fluxo de visitantes em museus e atrações icônicas da cidade. O Louvre, por exemplo, registrou uma queda de 22% no número de visitantes nas duas semanas do evento, enquanto o Museu d’Orsay teve um declínio de 29%.

+ Aprenda a interpretar números e tome decisões estratégicas com segurança. Clique aqui para assistir as primeiras aulas do treinamento.

Custos elevados sem o retorno esperado

Diante das previsões otimistas de uma cidade movimentada, empresários foram aconselhados pelo governo a manter suas operações em pleno funcionamento.

“Quando as empresas perguntam se devem permanecer abertas, dizemos que estamos tentando criar as condições para que isso seja uma oportunidade real e para que a cidade funcione normalmente”, afirmou Pierre Rabadan, vice-prefeito de Paris para esportes, ao The New York Times em junho de 2024.

Entretanto, essa orientação não se concretizou em retorno financeiro. Os custos operacionais aumentaram — com contratações extras e estoques reforçados — enquanto o fluxo de clientes permaneceu abaixo do esperado. O resultado foi um rombo nas finanças de muitas empresas.

Segundo o Instituto Francês de Estatísticas e Estudos Econômicos, o impacto econômico dos Jogos foi mínimo, contribuindo com apenas 0,4% para o crescimento do PIB francês em 2024. Para os comerciantes, isso significou manter as portas abertas sem o fluxo de consumidores esperado, comprometendo o orçamento e colocando muitos negócios em risco.

+ Domine as estratégias dos líderes de sucesso. Esse treinamento da EXAME + Saint Paul te mostra o caminho; clique aqui e inscreva-se.

Lição de empreendedorismo

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 evidenciaram um problema recorrente em megaeventos: a discrepância entre as previsões econômicas e a realidade enfrentada pelos empresários locais. Enquanto investidores e organizadores projetam crescimento e oportunidades, a experiência real pode envolver desafios financeiros significativos, especialmente para pequenos e médios negócios.

Para Swanson, a sobrevivência em meio a esse cenário exigiu cortes de custos e adaptação. “Tivemos que apertar os cintos, cancelar alguns projetos e realmente trabalhar para atravessar isso, mas conseguimos”, afirmou.

O caso de Swanson demonstra a importância de empreendedores dominarem técnicas de gestão de negócios e finanças corporativas. Caso os franceses tivessem feito pesquisas de mercado, perceberiam que esse impacto é recorrente durante Jogos Olímpicos e não teriam investido em força de trabalho emergencial e nem em crescimento de estoque.

Tendo isso em vista, a EXAME + Saint Paul está reforçando seu compromisso para capacitar empreendedores brasileiros com uma nova edição do Pré-MBA em Finanças Corporativas.

Em quatro aulas virtuais, os participantes irão mergulhar no mesmo conhecimento que os CFOs das maiores empresas do país usam diariamente. Análise financeira, planejamento estratégico, gestão de riscos, fluxo de caixa e balanço patrimonial – tudo apresentado de forma clara, aplicável e acessível.

O programa oferece:

  • Conteúdo desenvolvido por quem vive a realidade do mercado.
  • Formato otimizado com 3 horas de puro conhecimento aplicável.
  • Certificado reconhecido pelo mercado e assinado por EXAME e Saint Paul.
  • Estudo de casos reais do mercado.

E mais: por apenas R$ 37, um investimento que cabe no bolso de qualquer profissional.

Clique no botão abaixo para garantir sua vaga no Pré-MBA e junte-se à elite dos profissionais que sabem tomar decisões baseadas em dados.

Acompanhe tudo sobre:Branded Marketing Finanças

Mais de Negócios

Pode dar tchau ao seu copo Stanley: as pessoas estão obcecadas por uma outra garrafa de água em 2025

Atriz de Hollywood fatura US$ 11 milhões ao lado de seu ex-marido – 'só leva 5 minutos por semana'

Homem de 59 anos criou um negócio que rende US$ 1,3 milhão trabalhando apenas 1 hora por dia

Ele desistiu de ter uma casa própria por um sonho visionário – hoje, seu app vale US$ 2 bilhões