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Parente: Petrobras será seletiva no leilão de áreas excedentes

Após cerimônia de assinatura de contratos de concessão do pré-sal, Parente afirmou que a estatal não vai disputar o leilão destas áreas sozinha

Petrobras: sobre a revisão dos termos da cessão onerosa, Parente espera fechar o mais breve possível (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: sobre a revisão dos termos da cessão onerosa, Parente espera fechar o mais breve possível (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 19h35.

Brasília - O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta tarde de quarta-feira, 31, que a empresa será seletiva no leilão de áreas excedentes da cessão onerosa. Após cerimônia de assinatura de contratos de concessão do pré-sal, realizada nesta tarde no Palácio do Planalto, Parente afirmou que a estatal não vai disputar o leilão destas áreas sozinha, mas com parcerias.

"A empresa é extremamente seletiva porque passa por uma questão financeira importante e temos que fazer valer cada investimento que faz, vamos continuar ativos, mas seletivos", respondeu Parente.

Sobre a revisão dos termos da cessão onerosa, Parente espera fechar o mais breve possível. O presidente da Petrobras afirmou que a União acabou de fazer a convocação da primeira reunião de negociação (prevista para início de fevereiro) e que espera um resultado favorável para as duas partes. "Estamos trabalhando para terminar negociações o mais rapidamente possível, com resultado que seja muito favorável para os dois lados, e partir daí então trabalhar para realizar esse leilão", declarou.

Nesta quarta, o presidente Michel Temer assinou os contratos da áreas leiloadas na segunda e terceira rodadas de pré-sal, realizadas em outubro. As outorgas arrecadadas somaram mais de R$ 6,15 bilhões. O objetivo das concessões é ampliar reservas e produção de petróleo e gás natural no pré-sal. As empresas vencedoras do leilão são de Portugal, Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Noruega, França, China, Bermudas e Catar.

Parente destacou que o País passou anos sem fazer leilões e que houve um prejuízo da ordem de R$ 1 trilhão em perda de investimentos e arrecadação de impostos, o que prejudicou o Brasil. "O que estamos vendo aqui hoje (quarta-feira) é o resultado de uma política muito bem-sucedida de atração de investimentos e de manter para a Petrobras um direito que é extremamente valioso, que é o direito de preferência sobre todas as áreas do pré-sal, portanto quem diz isso certamente não conhece profundamente ou estaria mal-intencionado", afirmou.

Previdência

Parente também defendeu a aprovação da reforma da Previdência e disse que depois de mais de um ano de governo "muitas reformas importantes foram feitas" para melhorar o clima de investimentos, o que atraiu "players globais relevantíssimos".

"O que é importante levarmos em conta, e basta olhar os números que saíram com relação ao déficit da Previdência, é que, se não houver reformas que permitam equacionar a questão, uma das alternativas certamente será continuar a questão dos impostos, o que é muito ruim para o setor produtivo e para o setor privado", afirmou. "Então são escolhas, e escolhas difíceis, que têm que ser feitas, mas sem dúvida nenhuma há uma ligação entre a reforma da Previdência e a capacidade de o setor privado, o setor produtivo, aquele que gera emprego e renda, continuar investindo e gerando emprego, renda e novos impostos, não por aumento de alíquotas, mas por aumento da base de arrecadação", completou.

Questionado se teria pretensões eleitorais este ano, Parente negou. "Só sou candidato a terminar um bom trabalho na Petrobras, só isso. Não pretendo mesmo, olhando para vocês olho no olho, olhando para as câmeras, com muita tranquilidade, certamente não me sinto preparado para ser um político", disse.

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