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Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2011 às 20h19.
São Paulo - O presidente da TIM Brasil, Luca Luciani, disse hoje que as empresas podem investir na expansão da banda larga no País se forem criadas condições para estimular a competição no setor de telecomunicações. "Se a gente criar as condições para que a competição chegue a qualquer lugar, só as empresas de capitais privados podem colocar aquele dinheiro (necessário)", afirmou o executivo, depois de uma reunião com o ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
Luciani se referia aos R$ 3 bilhões restantes que serão necessários para implantar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) no País. Essa quantia, junto com os R$ 4 bilhões já anunciados pelo governo, chegaria aos R$ 7 bilhões necessários para expandir a rede de acesso à internet de alta velocidade.
Luciani considera que recursos públicos "aceleram o processo", mas defende que ao serem criadas regras para abertura do mercado do atacado, a banda larga pode chegar a qualquer lugar no País porque existe "muita demanda reprimida". Para o executivo, a atuação da Telebrás também acelera o processo de expansão da banda larga, mediante a oferta de capacidade de rede adicional para o mercado.
O executivo considera viável a proposta do governo de ofertar banda larga por R$ 35 ao mês em todos os municípios brasileiros. "Já estamos oferecendo a R$ 29,90 e não temos diferenciação entre capital e interior", destacou. Questionado sobre a "convocação" da presidente Dilma Rousseff para que as operadoras móveis participem do PNBL, Luciani disse que é impossível elas ficarem de fora. "Não tem como (não participar). As operadoras móveis todas vão ser muito importantes no desenvolvimento da banda larga no País", destacou.
O dirigente da TIM observou que até agora a competição no mercado de banda larga só existe nas grandes cidades, mas destacou que existe uma grande demanda a ser atendida no interior do Brasil. Ele não disse qual proposta que a empresa apresentará ao governo, mas explicou que a estratégia seguirá os mesmos moldes da universalização dos serviços de voz. "Queremos fazer a mesma coisa no mercado de dados", disse.
Luciani observou que alguns gargalos precisam ser eliminados, sobretudo em relação ao compartilhamento de infraestrutura e à oferta de capacidade de rede no atacado. "Uma coisa importante é fazer um consórcio para construir backbone na Amazônia e no Centro-Oeste, além de compartilhar estrutura já existente", enfatizou.