Negócios

Para se salvar, Uber pede ajuda da população em Londres

Prefeitura londrina decidiu que não vai renovar a licença de operação do serviço

 (Angel Navarrete/Bloomberg)

(Angel Navarrete/Bloomberg)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 23 de setembro de 2017 às 12h00.

Última atualização em 23 de setembro de 2017 às 12h10.

São Paulo - Em mais um duro golpe para os negócios da Uber, o regulador de transporte de Londres anunciou nesta semana que não vai renovar a licença de operação do serviço de transporte por aplicativo na capital britânica.

Com o risco de ver suas atividades suspensas a partir do dia 30 (quando vence a licença), a empresa recorreu à população para se salvar, lançando um petição on-line para recolher assinaturas contra a medida da prefeitura.

"Assine a petição para salvar seu Uber em Londres e os meios de subsistência de 40.000 motoristas", apelou o serviço de app em um post no Twitter. Desde o lançamento, no último sábado (22), o abaixo-assinado já angariou mais de 500 mil apoiadores no site Change.Org.

Ao que tudo indica, parece que o esforço está valendo a pena. Segundo Kajal Odedra, diretor do site de petições públicas no Reino Unido, "essa é a petição de crescimento mais rápido que vimos no Reino Unido este ano. A velocidade com que cresceu mostra o quão poderosa a campanha on-line pode ser", relata o jornal britânico The Guardian.

Para a Transport for London (TfL), que regula o transporte na cidade, "falta responsabilidade corporativa em relação a várias questões com potenciais implicações para a segurança pública”.

Conforme a agência de notícias Reuters, o TfL citou a abordagem do Uber para denunciar ofensas criminais graves, a verificação de antecedentes de motoristas e o software chamado Greyball, que poderia ser usado para impedir que reguladores tenham acesso total ao aplicativo.

Nos últimos meses, a Uber tem sido o centro de vários vários escândalos envolvendo alegações de sexismo, bullying e assédio na empresa, o que levou ao afastamento do ex-presidente-executivo e cofundador Travis Kalanick.

Em sua conta no Twitter, o atual CEO da Uber, Dara Khosrowshahi escreveu que estava desapontado com a decisão da TfL,  que teria profundas conseqüências para seus motoristas e usuários. Mas ele admitiu que a perda de sua licença foi o resultado da "má reputação" da empresa, destaca o The Guardian.

Acompanhe tudo sobre:LondresTransportesUber

Mais de Negócios

Empreendedorismo feminino cresce com a digitalização no Brasil

Quanto aumentou a fortuna dos 10 homens mais ricos do mundo desde 2000?

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi