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Para executivos, governo tem o papel mais importante na superação da crise

Pesquisa do Instituto Ethos revela a percepção dos executivos sobre a retomada econômica, negócios e manutenção dos empregos

Em pesquisa, executivos brasileiros analisam cenário atual e pós-pandemia  (Cavan Images/Getty Images)

Em pesquisa, executivos brasileiros analisam cenário atual e pós-pandemia (Cavan Images/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 12 de maio de 2020 às 06h02.

Última atualização em 12 de maio de 2020 às 06h02.

O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social conduziu uma pesquisa com 127 das cerca de 442 empresas associadas para analisar a atual conjuntura e impactos causados pela crise do novo coronavírus.

"Realizamos a pesquisa para ter um retrato de como as empresas têm percebido os efeitos da pandemia, para entender as tendências que podem se consolidar nos próximos meses, e também para identificar prioridades nas novas iniciativas", diz Ana Lucia Melo, diretora-adjunta do Ethos.

Para os executivos e gestores, a atuação do governo é fundamental na retomada econômica, e 9 em cada 10 empresas apontam que a administração pública tem o papel mais importante na superação da crise.

O estímulo governamental à geração de empregos é importante para 68% dos respondentes; seguindo da agenda de reformas do atual governo para 42% e investimentos governamentais em educação e saúde para 38%.

"Os respondentes ressaltam o papel que a administração pública tem para conseguirmos superar a crise gerada pela pandemia", afirma.

Em relação as próprias companhias, 93%  consideram que o efeito será muito negativo para a economia em geral, e 65% já esperam a diminuição nos lucros e no faturamento deste ano, com normalização das atividades somente daqui um ano em 16% delas.

As empresas de médio porte são mais otimistas do que as grandes. Em 50% delas há a crença de que será possível uma normalização entre 3 meses e um ano, enquanto para o mesmo percentual das grandes será preciso ao menos um semestre para retomar a provável normalidade.

Outro desafio é minimizar o índice de desemprego. Em 49% das empresas está se avaliando ou implantando medidas para não desligar empregados; ou mesmo ter o compromisso de não demitir nos próximos 60-90 dias. Em 22% das empresas se estabeleceu que não haverá desligamento de empregados por tempo indeterminado. E 6% assumem estabelecer planos de demissão.

"Os executivos mostram estar muito conscientes do desafio que existe pela frente. O momento também valida o compromisso de seguir com a gestão empresarial responsável e compatível com o desenvolvimento sustentável", diz Ana Lucia.

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