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Para enxugar custos, Petrobras fecha escritórios no Brasil e no exterior

A petroleira estatal vai concentrar operações internacionais nos EUA, Holanda e Singapura, com economia anual estimada de US$ 13,5 milhões em 2021

Petrobras: racionalização de recursos (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

Petrobras: racionalização de recursos (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 10h56.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 15h46.

A Petrobras informou nesta quarta-feira, 23, que está racionalizando sua presença internacional, concentrando operações nos principais mercados de petróleo do mundo. A economia estimada na reestruturação que começou em 2019 é de 13,5 milhões de dólares por ano a partir de 2021. No Brasil, a companhia também vem se reestruturando com o fechamento de edifícios administrativos, e o enxugamento pode chegar a 30 milhões de dólares anuais.

A companhia afirma que concentrará sua atuação comercial fora do Brasil nos escritórios de Roterdã, na Holanda, em Houston, nos Estados Unidos, e em Singapura. "A iniciativa alinha-se às ações de redução de despesas corporativas dentro do plano de resiliência", disse a companhia em comunicado.

As atividades comerciais da Petrobras em Londres, na Inglaterra, serão transferidas para a subsidiária em Roterdã, na Holanda. A companhia informa que a mudança será iniciada no próximo trimestre e deverá ser concluída no segundo semestre de 2021.

"Com essa medida, a economia com a desativação de escritórios externos desde 2019 atingirá 13,5 milhões de dólares por ano em 2021", diz a empresa.

Dos 18 escritórios externos que a Petrobras mantinha no final de 2018, dez já foram fechados, além de Londres. Segundo a companhia, estão nesse grupo as representações na China, no México, no Irã, na Turquia e em Nova York, nos Estados Unidos.

Com os desinvestimentos realizados nos últimos anos, a petroleira também desativou escritórios no Japão, no Paraguai, na Nigéria, na Tanzânia e na Líbia.

A companhia mantém, ainda, escritórios na Bolívia, na Argentina, na Colômbia e no Uruguai. A Petrobras informa que, nos três últimos países, há processos de desinvestimentos em curso e "a tendência é que, uma vez concluídos, os respectivos escritórios sejam também desativados".

No Brasil, a Petrobras informa que tem concentrado atividades e reduzido gastos nos últimos anos. Nesta semana, a companhia anunciou o corte de funções gratificadas para uma economia de 300 milhões de reais.

Os 23 edifícios administrativos que a Petrobras ocupava no Brasil há dois anos devem ser reduzidos a oito no primeiro trimestre de 2021, uma redução de custos de até 30 milhões de dólares no próximo ano.

Em entrevista recente à EXAME, Roberto Castello Branco afirmou que a empresa continuará na busca por eficiência operacional diante de um horizonte cada vez mais desafiador para o setor de petróleo.

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