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Para analistas, Telefônica não deve cortar investimentos

Cortar investimentos nos mercados não contaminados com a crise europeia seria um erro irreparável aos planos de crescimento e sustentação da empresa, acreditam

O principal desafio da empresa, segundo os analistas ouvidos, é se manter competitiva frente ao Grupo América Móvil

O principal desafio da empresa, segundo os analistas ouvidos, é se manter competitiva frente ao Grupo América Móvil

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2012 às 15h43.

São Paulo - Pressionado pela desconfiança de acionistas internacionais quanto à solidez de suas finanças, sobretudo diante do agravamento da crise econômica na Espanha, o Grupo Telefônica deve manter o ritmo de investimentos no mercado brasileiro.

Hoje o grupo espanhol, dono da marca Vivo, que atua no País com serviços de telefonia (fixa e móvel), banda larga, e televisão por assinatura, entre outros negócios, mantém uma política de dividendos agressiva, gerando divisas à matriz espanhola e praticamente garantindo o pagamento dos acionistas estrangeiros do conglomerado de telecomunicações.

Analistas do mercado financeiro procurados por TELETIME afirmam que cortar investimentos nos mercados não contaminados com a crise da dívida europeia seria um erro irreparável aos planos de crescimento e sustentação da empresa. “Se cortarem esses investimentos, podem ter problemas depois”, afirma Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

Tais ‘problemas’ mencionados por Galdi dizem respeito a eventuais cobranças dos órgãos brasileiros como a Anatel e os reguladores do mercado financeiro, caso a empresa tenha um posicionamento ainda mais agressivo na remessa de dividendos ao exterior. Atualmente, a política da companhia é remunerar os acionistas com 100% do lucro e mais um montante a título de juros sobre capital próprio.

O principal desafio da empresa, segundo os analistas ouvidos, é se manter competitiva frente ao Grupo América Móvil (controlador da Claro, Net e Embratel), que promete injetar US$ 25 bilhões em seus negócios de telecomunicações na América Latina nos próximos anos, valor equivalente ao que a Telefônica também se comprometeu a investir.

Outra empresa que prevê investimentos volumosos em sua operação é a Oi, para melhorar a qualidade de seus serviços e expansão da rede até 2014. Recentemente a empresa anunciou que aportará R$ 24 bilhões em sua operação. A TIM, que tem seu negócio concentrado na área de telefonia móvel, estima investir R$ 9 bilhões no mesmo período.

Atenta a este movimento, a Vivo informou que os investimentos prometidos para o período 2011-2014 serão mantidos. O montante provisionado para a manutenção e crescimento dos negócios do grupo no mercado interno é de R$ 24,3 bilhões para o período até 2014.

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