Abilio Diniz retirou oficialmente a oferta nesta terça-feira (Edu Lopes/Veja)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 20h42.
São Paulo – O BTG Pactual, responsável pelo projeto de fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour, retirou temporariamente a proposta. A decisão foi tomada após o conselho de administração do Casino, o sócio francês do Pão de Açúcar, rejeitar a ideia nesta terça-feira (12/7).
Formalmente, o BTG Pactual não representa Abílio Diniz, mas, na prática, a fusão proposta era o que o empresário esperava para permanecer no controle do Pão de Açúcar e, tentar, ainda, reforçar sua posição no varejo mundial, ao conquistar o posto de maior investidor do Carrefour mundial.
Em nota à imprensa, o BTG Pactual afirma que “a manifestação do conselho de administração do Casino, que em reunião na manhã de hoje rejeitou os termos da operação, nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto.”
O banco de investimentos fundado por André Esteves repetiu o bordão de Abílio, de que a proposta de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour é uma “oportunidade excepcional”.
Contrastando com a indignação do Casino, que chegou a classificar como traição os contatos de Abílio com o Carrefour, o BTG afirmou, na nota, que a “desde sempre” a proposta foi “amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes.”
Leia, a seguir, a íntegra da nota do BTG Pactual:
A GAMA/BTG Pactual vem a público reiterar a confiança na proposta apresentada no dia 28 de junho para associação entre as operações do Carrefour e do Pão de Açúcar. Trata-se de oportunidade excepcional para ambos os grupos, oferecendo enorme potencial de crescimento para GPA e relevantes ganhos para todos os acionistas, inclusive o Grupo Casino.
No entanto, a manifestação do Conselho de Administração do Casino, que em reunião na manhã de hoje rejeitou os termos da operação, nos leva a suspender temporariamente a proposta, com o firme propósito de manter um diálogo aberto.
Reiteramos que, desde sempre, tratou-se de uma proposta amigável, sujeita à aprovação dos acionistas e em consonância com os contratos vigentes. Acreditamos que a associação entre Pão de Açúcar e Carrefour é excepcional para todos os públicos envolvidos e poderá ser reavaliada no futuro.