Morana, loja de bijuterias e acessórios (Morana/Divulgação)
Isabela Rovaroto
Publicado em 6 de setembro de 2022 às 01h01.
Para o empresário Jae Ho Lee, que atua há 20 anos no mercado de franquias, a pandemia foi responsável pelo aumento da eficiências dos negócios. "A pandemia trouxe a cultura digital para as empresas. Na Morana, nós conseguimos reduzir nossas despesas em 16%", conta o CEO da rede de acessórios em entrevista à EXAME.
Fundador do Grupo Ornatus, rede de franquias dona das marcas Morana, Balonè Fashion Bijoux e Little Tokyo, com mais de 350 unidades e faturamento de R$ 190,5 milhões só considerando a marca Morana, Lee diz que novos modelos de franquias foram impulsionados pela pandemia e atraíram mais empreendedores para o franchising.
Na entrevista, Jae Ho Lee fala sobre o momento do setor de franquias no Brasil, como foram os primeiros anos de pandemia na Morana e as expectativas para o futuro. Confira os principais trechos:
As franqueadoras se adaptaram durante a pandemia e foram bem criativas para desenvolver novos modelos com investimento menor. Com a queda da renda e desemprego, novos empreendedores surgiram em busca de renda. O segmento de franquias mais baratas, com investimento inicial abaixo de R$ 100 mil, cresceu muito. O modelo home-based, no qual você é representante de uma franquia, atraiu muitas pessoas.
O setor de saúde e beleza tem crescido a dois dígitos nos últimos anos. É uma megatendência, o mercado está crescendo. Ouve um aumento na concorrência, então a disputa pelo bolso do consumidor aumentou. Quando a concorrência é grande, você acaba competindo pelo preço. Quem entrou nesse mercado antes, acaba surfando melhor.
Com a queda das vendas, a gente acabou olhando para dentro. A pandemia trouxe a cultura digital para a empresa. As supervisões aos franqueados se tornaram totalmente digitais. Inauguramos e visitamos lojas com supervisão virtual. As compras feitas pelos franqueados no showroom se tornaram virtuais também e muitas reuniões da empresa migraram para o digital. Essa nova cultura foi inserida na pandemia e conseguimos reduzir em 16% nossas despesas.
Nós buscamos muita eficiência. Em 2020, nós tivemos 17% de queda no faturamento, nosso Ebitda ficou igual ao de 2018. A gente conseguiu reduzir gastos e conseguimos o mesmo resultado com um faturamento menor.
Em 2022, o varejo está muito forte. Nós pretendemos crescer 25% em relação a 2019. A estrutura de hoje é mais eficiente e a expectativa é bater um recorde de Ebitda neste ano. A expectativa é abrir 35 novos negócios neste ano somadas as mais de 300 unidades em capitais brasileiras e nos Estados Unidos.
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