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Panamá quer ajuda da Odebrecht para investigar propinas

A empreiteira deve fechar um acordo para que o governo obtenha informação sobre cerca de US$ 59 mi de propinas feitos pela empresa no país centro-americano

Odebrecht: a construtora anunciou que pretende colaborar e que também está interessada em chegar a um acordo com o Ministério Público (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: a construtora anunciou que pretende colaborar e que também está interessada em chegar a um acordo com o Ministério Público (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de maio de 2017 às 06h41.

Panamá - A procuradora-geral do Panamá, Kenia Porcell, disse na segunda-feira que é muito importante para o Ministério Público (MP) chegar a um acordo com a construtora Odebrecht para obter informação sobre cerca de US$ 59 milhões para pagamentos de propinas feitos pela empresa brasileira no país centro-americano.

Kenia, em uma entrevista para a emissora local "Telemetro", disse que a construtora anunciou que pretende colaborar e que também está interessada em chegar a um acordo com o Ministério Público, como parte de investigações sobre escândalos de propinas.

"O Panamá também quer chegar a um acordo que seja satisfatório para os interesses do país e que nos permitiria obter informações importantes para as investigações", afirmou.

Ela disse que as informações facilitaria que muitas pessoas, físicas e jurídicas do Panamá, sejam levadas a "responder na Justiça" do país.

A Odebrecht, a principal empreiteira do país e que realiza atualmente projetos de infraestrutura que superam os US$ 3 bilhões, e se comprometeu verbalmente, no final do ano passado, a pagar US$ 59 milhões ao Estado panamenho, embora ainda não há nenhum acordo assinado, revelou a procuradora-geral.

De outro lado, Kenia Porcell disse que em sua viagem para Europa, no final de março, se reuniu para falar do caso Odebrecht com o procurador-geral de Andorra, Alfons Alberca Sanvicens, onde ele comunicou que foram depositados no país US$ 12,8 milhões, relacionados aos US$ 22 milhões apreendidos na Suíça, supostamente provenientes das propinas pagas a panamenhos.

Ela disse para não atrapalhar as investigações, pode apenas revelar que o dinheiro em Andorra está depositado em nome de uma pessoa jurídica, não identificada, que era utilizada para "movimentar este dinheiro", reiterando sua atuação ilegal e ilícita no mesmo caso da Odebrecht com Suíça".

No entanto, a procuradora-geral acrescentou, sem mencionar nomes, que esta pessoa jurídica era utilizada para receber dinheiro de outra que tem uma "relação direta" com a Odebrecht "onde um dos processados (na Suíça), aparece aqui" em Andorra.

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