RIO DE JANEIRO - A companhia de locação de veículos e equipamentos pesados Ouro Verde disse nesta segunda-feira ter desistido de pedido de oferta pública inicial (IPO) primária e secundária de ações devido a condições econômicas desfavoráveis.
A empresa informou a desistência à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à BM&FBovespa.
O pedido de registro de oferta havia sido protocolado em 14 de outubro de 2014.
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1. Seca de IPOs pela frente?
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1/9 (Getty Images/ David McNew)
São Paulo – As inúmeras dúvidas quanto ao rumo dos mercados nos próximos meses têm derrubado algumas companhias na
Bovespa e inibido a entrada de outras. Em janeiro, o
Ibovespa, principal termômetro da bolsa brasileira, registra queda de 6,6%, após terminar 2013 com um tombo de 15,50%. No ano passado, 17 companhias recorreram ao mercado de ações, com 10
IPOs e 7 follow-ons. Veja a seguir quais foram as empresas que, recentemente, desistiram de listar suas ações devido a condições adversas do mercado.
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2. Unidas
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2/9 (Divulgação/Sérgio Sampaio)
A empresa de locação e venda de veículos Unidas informou na última sexta-feira que desistiu de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), devido a condições desfavoráveis, segundo fato relevante. A empresa disse ter enviado carta à Comissão de Valores Mobilários (CVM) informando sua desistência do pedido de oferta apresentado em julho do ano passado. Em novembro de 2013, a empresa havia pedido que a CVM interrompesse até 14 de fevereiro o pedido de oferta, para a qual havia contratado Banco Espírito Santo, Bank of America Merrill Lynch, Bradesco, BTG Pactual e JP Morgan como coordenadores.
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3. Sascar
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3/9 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa comunicou, em outurbo, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que desistiu de sua oferta inicial de ações. Fontes afirmaram que o preço que o mercado estava disposto a pagar pelos papéis não era condizente com o que a companhia queria com a operação – a empresa não comentou. A Sascar havia pedido registro para o IPO no fim de agosto. A operação destinava-se, principalmente, a engordar o caixa para financiar o plano de aquisições da companhia.
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4. Azul
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4/9 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Em agosto de 2013, a empresa desistiu de seu IPO sob a alegação de que as condições macroeconômicas eram desfavoráveis. Em setembro, em um cenário de alta nos custos do setor aéreo, a Azul havia afirmado que não via urgência no IPO e estava se viabilizando sem a oferta pública de ações. No mês seguinte, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cancelou o pedido da Azul de registro de companhia aberta. Com o IPO, a Azul pretendia expandir seus negócios.
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5. Votorantim Cimentos
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5/9 (Marcos Rosa/VEJA)
A Votorantim Cimentos também alegou a “deterioração das condições do mercado” para afastar seu IPO em agosto. A oferta distribuiria 400 milhões de units, podendo ser aumentada em 15% (lote suplementar) e outros 20% (lote adicional), totalizando 540 milhões de papéis. A faixa de preço sugerida por unit era de 16,00 reais a 19,00 reais. No teto dessa faixa, e incluindo os lotes extras, poderia alcançar 10,26 bilhões de reais.
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6. Nova Cedae
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6/9 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Após 16 dias do começo de 2013, a Nova Cedae, empresa estatal de saneamento do Rio de Janeiro, desistiu de realizar sua oferta inicial de ações. Na época, comentou-se que as condições de mercado e as incertezas sobre setores regulados como o de saneamento teriam motivado a desistência.
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7. Vix Logística
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7/9 (BM&FBovespa/Divulgação)
Também em janeiro, a Vix Logística havia anunciou que desistiu de realizar seu IPO, planejado para ocorrer em abril. A oferta pública inicial de ações era estimada em torno de 600 milhões de reais. O motivo para o cancelamento? Novamente as tais "momentâneas condições desfavoráveis do mercado de capitais nacional e internacional".
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8. Queiroz Galvão Óleo e Gás
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8/9 (REUTERS/Nacho Doce)
Fora da Bovespa, em fevereiro, a Queiroz Galvão Óleo e Gás Constellation (QGOG) resolveu adiar uma oferta pública de ações nos Estados Unidos. O motivo teria sido a demanda baixa pelos papéis, segundo fontes.A operação era estimada em 550 milhões de dólares e as ações da empresa seriam negociados na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). O objetivo inicial era vender 27,5 milhões de ações a um preço por papel no intervalo de 19 dólares a 21 dólares. O comentário no mercado na época era que havia demanda para ações a uma faixa menor que isso e os bancos de investimento optaram por não reduzir a faixa de preços e adiar a operação.
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9. Veja agora as maiores altas da última década; ganhos passam de 3.000%
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9/9 (Getty Images/Matt Stroshane)