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Órgão regulador da bolsa dos EUA pede prisão de Musk por quebra de acordo

De acordo com documentos judiciais consultados pela agência Efe, órgão solicitou explicações sobre tuíte publicado pelo fundador da Tesla

Elon Musk (arquivo): na última terça-feira, o fundador da Tesla teve que se retratar novamente no Twitter (Brendan Smialowski/Getty Images)

Elon Musk (arquivo): na última terça-feira, o fundador da Tesla teve que se retratar novamente no Twitter (Brendan Smialowski/Getty Images)

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EFE

Publicado em 26 de fevereiro de 2019 às 08h03.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019 às 08h38.

Nova York - A Comissão da Bolsa de Valores dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) pediu nesta segunda-feira a prisão do fundador da Tesla, Elon Musk, por ter quebrado o acordo ao qual chegou com o empresário para que não fizesse declarações "imprecisas" que afetem o valor das ações da companhia automobilística.

Na última terça-feira, Musk teve que se retratar novamente no Twitter após postar uma mensagem na qual afirmava que a Tesla produziria cerca de 500 mil veículos neste ano.

Musk retificou a informação e explicou que a Tesla alcançaria um ritmo de produção anual de 500 mil veículos no final de 2019 - declarações classificadas como "imprecisas" em uma nota da SEC, que poderiam ter alterado o valor das ações da empresa.

De acordo com documentos judiciais consultados pela Agência Efe, o órgão regulador solicitou a Musk que lhe confirme se suas declarações através do Twitter, do último dia 19 de fevereiro, contavam com a aprovação da Tesla, algo que o empresário tinha se comprometido a fazer.

Além disso, a SEC lhe solicitou documentos que respaldem suas afirmações e fez o mesmo pedido à Tesla.

O juiz federal Alison J. Nathan deverá decidir tanto se houve coordenação entre a direção da empresa e Musk para a publicação de tal informação nas redes sociais e se tal informação pode ser confirmada com dados.

Caso contrário, o juiz poderia ordenar a detenção do polêmico empresário por desacato ao violar o acordo com a SEC.

A SEC ameaçou a Tesla e Musk com um processo por fraude depois que, em agosto de 2018, o fundador da companhia declarou no Twitter que tinha assegurado o financiamento necessário para tirar a empresa da bolsa e sugerir que para realizar a operação pagaria US$ 420 por ação.

No entanto, em 29 de setembro, a Comissão do Mercado de Valores dos Estados Unidos anunciou que tinha alcançado um acordo com Musk pelo qual o empresário deixaria a presidência da Tesla durante três anos em troca de não ser processado por fraude.

O acordo contemplava, além do pagamento de US$ 40 milhões, a substituição de Musk por uma pessoa "independente", a nomeação de dois conselheiros independentes para seu conselho de administração e o estabelecimento de um "novo comitê de conselheiros independentes e mais controles e processos para supervisionar as comunicações de Musk".

Após a divulgação da notícia, as ações de Tesla perderam 4,02% nos movimentos dos mercados financeiros posteriores ao fechamento da Bolsa de Valores de Nova York. EFE

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