Dasa: porta-voz da Tarpon se recusou a comentar o assunto, enquanto a OppenheimerFunds confirmou sua insatisfação com o valor da oferta (Germado Luders/Exame)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 15h01.
São Paulo - A americana OppenheimerFunds, que administra um total de US$ 208 bilhões em recursos, rejeitou o valor da oferta feita por sua fatia controladora na Diagnósticos da América (Dasa).
A OppenheimerFunds, dona de 10,1% das ações da Dasa, e a Tarpon Investimentos, que detém 5% das ações da companhia, pretendem rejeitar a oferta, que tem validade até 22 de janeiro, segundo fontes com conhecimento do negócio.
Uma porta-voz da Tarpon se recusou a comentar o assunto, enquanto a OppenheimerFunds confirmou sua insatisfação com o valor da oferta, mas se recusou a comentar sua decisão sobre uma possível venda da sua participação na Dasa na próxima semana.
O empresário brasileiro Edson Bueno manifestou o desejo de comprar uma fatia adicional de 26,41% das ações da Dasa para se tornar acionista controlador da companhia. Bueno, que vendeu o controle da Amil Participações para a gigante americana UnitedHealth Group em 2012, e sua ex-mulher, Dulce Bueno, são donos, juntos, de 23,6% da Dasa. A companhia tem valor de mercado estimado em R$ 4,6 bilhões.
O preço sugerido na oferta é de R$ 15 por ação, mais uma ação do capital social da Dasa, o que garantiria o controle da empresa a Bueno e Dulce, que são sócios da Cromossomo Participações.
A OppenheimerFunds, porém, afirmou em um comunicado que a oferta é injusta e não leva em consideração fatores substanciais, incluindo perspectivas de crescimento da empresa e sua posição no mercado.
O fundo também afirmou que o cronograma do processo não concede aos acionistas e ao conselho tempo suficiente para avaliar a oferta e buscar outros potenciais compradores.
A Cromossomo anunciou a oferta em dezembro, motivando um ganho de mais de 10% no valor da ação da Dasa, que fechou a sessão de quinta-feira, 16, a R$ 14,69. Fonte: Dow Jones Newswires.