Shell: os campos de exploração marítima da petroleira britânica em águas profundas no Brasil é um dos motivos que levaram a Shell a fazer a oferta (Divulgação/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2015 às 06h52.
Londres - O Brasil e a Austrália tiveram papel de destaque no negócio que criou a nova gigante do setor de petróleo e gás.
Entre os motivos declarados que levaram a anglo-holandesa Shell a fazer uma oferta pela BG, estão os campos de exploração marítima da petroleira britânica em águas profundas no Brasil.
No comunicado enviado aos investidores, há um trecho com "antecedentes e razões para a recomendação" de compra da britânica.
"A produção da BG é atualmente fornecida por uma base de ativos em dez países e projetos-chave para o crescimento no Brasil e na Austrália", cita o texto.
"O início do projeto de gás natural em Queensland (na Austrália) e a introdução continuada de novas plataformas no Brasil foram sucessos operacionais notáveis", ressalta a Shell.
Além do elogio à operação nos dois países, a anglo-holandesa avalia que a BG "está bem posicionada para gerir a crise dos preços do petróleo, uma vez que está chegando ao fim de um ciclo de aumento de despesas de capital e continuará aumentando a produção em 2015 no Brasil e Austrália".
A Shell argumenta que a compra vai "acelerar o crescimento estratégico em gás natural e águas profundas".
"A combinação aumentará as reservas comprovadas de petróleo e gás em 25% e a produção em 20% na comparação com 2014 e fornecerá à Shell uma melhor posição competitiva em novos projetos de petróleo e gás, particularmente em gás natural na Austrália e em águas profundas no Brasil", diz o comunicado da companhia.