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Operação societária impulsiona lucro da Smiles no 3º tri

A empresa anunciou que o lucro de julho a setembro somou R$ 339,5 mi, um salto ante o resultado positivo de 145 milhões obtido na mesma etapa de 2016

Smiles: a receita líquida da Smiles no trimestre somou 440,8 milhões de reais (foto/Divulgação)

Smiles: a receita líquida da Smiles no trimestre somou 440,8 milhões de reais (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 21h03.

São Paulo - Ganhos extraordinários oriundos de uma reestruturação societária impulsionaram o lucro da Smiles no terceiro trimestre, ofuscando o efeito da queda em dados operacionais devido a maiores despesas.

A empresa que administra os programas de fidelidade de sua controladora, a companhia aérea Gol, anunciou nesta segunda-feira que o lucro de julho a setembro somou 339,5 milhões de reais, um salto ante o resultado positivo de 145 milhões obtido na mesma etapa de 2016.

A reestruturação envolveu a incorporação da companhia pela Smiles Fidelidade, ex-Webjet, empresa aérea comprada pela Gol em 2011 e que tinha um enorme estoque de prejuízos.

Com a incorporação, a Smiles pôde se beneficiar de um artigo da Lei das SA que permite que uma empresa aproveite créditos tributários oriundos de prejuízo fiscal de outra do mesmo grupo.

Na prática, isso acrescentou um ganho líquido de cerca de 193 milhões de reais ao lucro do terceiro trimestre, disse o presidente-executivo da Smiles, Leonel Andrade, à Reuters.

Em termos operacionais, a receita líquida da Smiles no trimestre somou 440,8 milhões de reais, alta de 10,7 por cento ano a ano, mas queda de 0,2 por cento na base sequencial.

O resultado medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) teve queda ano a ano de 1,7 por cento, para 163 milhões de reais. A margem Ebitda de 37 por cento representou queda de 4,7 pontos percentuais contra um ano antes.

Segundo Andrade, esse declínio refletiu maiores investimentos em tecnologia e o aumento de despesas comerciais, assim como o avanço das provisões para pagamentos crescentes de bônus ligados à valorização das ações. "São os custos do crescimento", disse ele.

O breakage, taxa de milhas que expiram sem o resgate em prêmios, subiu 0,2 por cento no trimestre, para 18 por cento.

De acordo com o executivo, esse índice tende a cair no médio prazo para a faixa de 15 por cento, diante dos esforços da companhia para incentivar maior frequência de resgates.

Segundo Andrade, a Smiles deve manter o ritmo de crescimento da receita em dois dígitos em 2018, refletindo a melhora do ambiente macroeconômico.

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