Braskem: presidente foi questionado a respeito do contrato de fornecimento de energia com a Chesf (Mirian Fichtner)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2014 às 15h08.
São Paulo - O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, afirmou nesta quinta-feira, 6, que a continuidade das operações do complexo petroquímico localizado em Alagoas, voltado à fabricação de PVC, depende de um custo de energia competitivo.
A afirmação foi dada após o executivo ser questionado por um analista a respeito do contrato de fornecimento de energia com a Chesf.
O acordo elétrico, o qual garante a um grupo de sete grandes indústrias localizadas no Nordeste condições especiais de preços, vence em junho de 2015.
Com o fim do contrato, essas indústrias podem se ver obrigadas a comprar energia no mercado livre, hoje a preços superiores a R$ 240/MWh.
O contrato com a Chesf garante a essas empresas energia a aproximadamente R$ 105/MWh.
A elevação do custo de energia também pode afetar as operações do polo localizado na Bahia, mas em menor proporção, de acordo com o executivo.
O presidente da Braskem defendeu que esse grupo de sete empresas viabilizou, a partir dos parâmetros estabelecidos no contrato com a Chesf, o investimento da geração de energia na região.
Nesse período, o preço da energia no mercado ficou em vários momentos abaixo do valor pago pelas indústrias.
Com a proposta de repassar a energia da Chesf para o sistema de cotas, e com isso oferecer o MWh a R$ 35, as indústrias seriam penalizadas.
"E olha que as empresas não estão sequer buscando a energia depreciada. Defendemos a mera continuidade de um contrato que há muito tempo fornece energia em torno de R$ 105/MWh", reforçou Fadigas.