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Oi precisa manter forte disciplina operacional e financeira

Segundo o diretor financeiro do grupo, Alex Zornig, a Oi precisa manter disciplina para seguir os rumos traçados para seus negócios mesmo após a saída de Francisco Valim


	Operadora prevê crescimento na geração de caixa operacional e na receita líquida e mantendo o plano de investimentos de R$ 6 bilhões para o período

Operadora prevê crescimento na geração de caixa operacional e na receita líquida e mantendo o plano de investimentos de R$ 6 bilhões para o período

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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 10h39.

Rio de Janeiro - A Oi precisa manter uma "forte disciplina" na estratégia e nas finanças para controlar seu nível de endividamento, mantendo os rumos traçados para seus negócios mesmo após a saída de Francisco Valim da presidência da companhia, disse o diretor financeiro do grupo, Alex Zornig.

No fim de segunda-feira, a operadora apresentou suas estimativas financeiras para 2013, prevendo crescimento na geração de caixa operacional e na receita líquida e mantendo o plano de investimentos de 6 bilhões de reais para o período, além de reafirmar programa de distribuição de 2 bilhões de reais a acionistas neste ano.

"A companhia terá de manter uma forte disciplina operacional, financeira e estratégica ao mesmo tempo que continuaremos a olhar para opções de financiamento que aumentem a nossa flexibilidade financeira", disse Zornig à Reuters.

"A Oi vem sendo capaz de alongar o prazo médio da sua dívida, que em 2009 era 2,7 anos e no final de 2012 situa-se nos 5 anos", reiterou o executivo em resposta a questionamentos feitos por email.

Ele acrescentou que a companhia possui fontes de recursos diversificadas e boa situação de liquidez diante de baixa necessidade de rolagem de dívida em 2013 e pelo fato de que quase 60 por cento do endividamento vence a partir de 2017.


Segundo Zornig, a Oi tem recursos suficientes para remunerar acionistas, respeitando a relação máxima de três vezes a dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) estabelecida em abril do ano passado.

"Este limite garante a sustentabilidade da companhia e pressupõe a venda de ativos não core (não essenciais) e compartilhamento de investimentos com outros operadores", disse o executivo, quando questionado se o grupo precisaria aumentar a dívida para pagar dividendos, após lucro líquido de 837 milhões de reais em 2012.

"Temos reservas suficientes no patrimônio líquido que podem ser distribuídas", acrescentou. A operadora tem uma necessidade de refinanciamento de dívida de 2,8 bilhões de reais em 2013, segundo ele, e "mantém a estratégia de avaliar o aproveitamento das melhores oportunidades do mercado", para potencial captação de dívida.

FOCO EM 2013 Questionado se as metas da empresa estabelecidas até 2015 eram muito ambiciosas e da perspectiva de haver uma revisão, Zornig disse que a Oi quer agora concentração no desempenho previsto para 2013 e nos planos divulgados em abril do ano passado.

"A estratégia, repetidamente comunicada ao mercado, está mantida. Nesta fase não propomos alterar as premissas que demos ao mercado", disse. "A empresa fará um encontro com os investidores, talvez no segundo semestre, e nessa altura avaliaremos o tema. O guidance (estimativas) de 2013 é o mais relevante nesta fase", afirmou o diretor.

A Oi divulgou na quinta-feira esperar um Ebitda de 9 bilhões a 9,8 bilhões de reais neste ano, dentro do plano da empresa divulgado no ano passado de chegar a um Ebitda de 12,8 bilhões em 2015 .

A receita líquida de serviços prevista para 2013 ficará entre 28 bilhões a 29 bilhões de reais, de acordo com a empresa, que não forneceu uma meta de receita líquida total para o ano. A meta da empresa para 2015 é chegar a 25,7 bilhões de reais em receita líquida total em 2015.

A estratégia operacional da Oi continuará apoiada nas ofertas de serviços convergentes para o segmento residencial, como banda larga, telefone fixo e TV paga, assim como o foco em clientes pós-pagos e rentabilização da base pré-paga no negócio de telefonia móvel, disse Zornig.

O segmento empresarial e corporativo, cujas unidades de receita cresceram mais de 14 por cento em 2012, também faz parte da estratégia.

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