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Oi assina acordo com China Telecom para aumento de capital

O diretor financeiro da Oi disse que o acordo não tem prazo de conclusão: "Esse acordo é para avaliação de possíveis negócios"

Oi: em julho, o conselho da Oi aprovou bases para um aumento de capital de 8 bilhões de reais (Facebook/Oi/Reprodução)

Oi: em julho, o conselho da Oi aprovou bases para um aumento de capital de 8 bilhões de reais (Facebook/Oi/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 16h42.

Rio de Janeiro - O diretor financeiro da Oi, Ricardo Malavazi, afirmou nesta sexta-feira que a companhia em recuperação judicial assinou neste ano um acordo de confidencialidade com a China Telecom que pode resultar em uma participação do grupo asiático em um eventual aumento de capital da operadora brasileira.

Malavazi afirmou a jornalistas após participar de encontro com analistas e investidores no Rio de Janeiro, que o acordo não tem prazo de conclusão. "Esse acordo é para avaliação de possíveis negócios", disse o executivo.

"Está muito no início e ... é um acordo para ela (China Telecom) fazer análise e decidir o interesse deles na Oi. Uma das possibilidades é participarem (do aumento de capital da Oi)", acrescentou.

Em julho, o conselho de administração da Oi aprovou bases para um aumento de capital de 8 bilhões de reais, mas não há ainda acordo entre credores e acionistas sobre as participações de cada um na companhia após a reestruturação.

Malavazi acrescentou que as tratarias com a China Telecom não têm prazo para serem concluídas e que a apresentação do plano de recuperação judicial da Oi independe dessas negociações. Nesta semana, o presidente-executivo da Oi, Marco Schroeder, afirmou que a empresa tem até dia 27 para finalizar ajustes no plano de recuperação antes da apresentação em assembléia de credores, em 9 de outubro.

"O plano é o plano. Quem define o aumento de capital é o conselho (de administração) e acho que a China Telecom dificilmente terá uma decisão até 9 de outubro", disse ele.

Não foi possível entrar em contato com representantes da China Telecom de imediato.

Malavazi minimizou ainda a declaração do diretor geral da Anafe, Jura Quadros, de que a autarquia vai votar contra o plano de recuperação judicial da operadora. "A Anatel não tem mais de 50 por cento da classe. Ela tem cerca de 11 por cento da classe 3", disse o executivo em referência à classe de credores a qual a agência pertenceria.

Decisão judicial

Sobre decisão anunciada na véspera pela 8ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que obriga a empresa a apresentar planos de recuperação judicial para cada uma das empresas do grupo, Malavazi afirmou que a Oi ainda não foi oficialmente comunicada.

As ações da companhia exibiam alta de 4,2 por cento às 13:39, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,2 por cento.

"Não há uma decisão final sobre o assunto... se for assim inviabiliza o processo", disse ele o executivo. "A assembleia é dia 9 e a Oi é um bloco de empresas e tem relação intrínseca umas com as outras. Se as vésperas da assembleia isso é alterado fica difícil até a questão operacional" acrescentou o executivo.

A Oi apresentou o pedido de recuperação judicial em junho do ano passado e listou dívidas de cerca de 65 bilhões de reais detidas por 55 mil credores, dos quais dos quais cerca de 53 mil têm a receber até 50 mil reais.

Na decisão anunciada na quinta-feira, o juiz Cezar Augusto Rodrigues Costa, atendeu parcialmente pleito do fundo credor Aurelius Capital Management, determinando a disponibilização até 28 de outubro de lista de credores já homologada de forma segregada por empresa recuperanda, com ativos e passivos de cada uma atualizados.

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