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OHL está interessada em operar aeroportos no Brasil

O governo estuda realizar leilões de licenças para construção e operação de novos aeroportos e também de terminais em aeroportos em operação

Dilma Rousseff disse em seu discurso de posse que é preciso melhorar e ampliar os aeroportos do País (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

Dilma Rousseff disse em seu discurso de posse que é preciso melhorar e ampliar os aeroportos do País (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 16h34.

A operadora de rodovias sob concessão Obrascon Huarte Lain Brasil SA está interessada em participar de possíveis leilões de concessões para construir e operar aeroportos no País.

“Esse é um setor que nos interessa muito e nós vamos analisar as oportunidades”, disse Francisco Leonardo Moura da Costa, diretor financeiro da OHL Brasil, em entrevista por telefone de São Paulo ontem. “Estamos vendo com muito otimismo os sinais que o governo está mostrando de que pretende concessionar aeroportos.”

O governo estuda realizar leilões de licenças para construção e operação de novos aeroportos e também de terminais em aeroportos já em operação. As concessões seriam uma forma de atender ao aumento da demanda esperado com o crescimento da economia e com a realização da Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíadas de 2016 no País. Os aeroportos do Rio de Janeiro precisam de melhorias para evitar um “desastre” nos dois eventos, disse o governador do estado, Sérgio Cabral, em 17 de dezembro.

Segundo Moura da Costa, o grupo OHL tem experiência na operação de aeroportos. A OHL Concesiones Mexico SA tem uma participação de 49 por cento na empresa que opera o aeroporto de Toluca, na Cidade do México, disse. A companhia é responsável pela administração do estacionamento, pelas áreas de circulação de passageiros e pelas passarelas de embarque, chamados “fingers”, nos terminais do aeroporto mexicano.

A presidente Dilma Rousseff disse em seu discurso de posse, em 1º de janeiro, que é preciso melhorar e ampliar os aeroportos do País para a Copa e para as Olimpíadas.

“Nesse setor, nós não criamos as oportunidades de negócio”, disse Moura da Costa. “Nós aguardamos decisões de governo em relação a processos licitatórios e acreditamos que este ano será bastante ativo.”

A OHL Brasil, com sede em São Paulo, comprou desde 2005 quatro licenças para operar rodovias estaduais em São Paulo e, em 2007, venceu outras cinco concessões para operar rodovias federais. Entre elas, está a Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte.

A OHL estuda participar do leilão de novas concessões para rodovias federais que pode ocorrer este ano, disse Moura da Costa.

As ações da empresa fecharam hoje em baixa de 1,4 por cento, a R$ 58,30, na BM&FBovespa.

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