Plataforma da OGX: na última semana, foi anunciado um empréstimo-ponte de US$ 50 milhões, que depois será convertido no DIP (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 19h17.
Rio - A Óleo e Gás Participações (ex-OGX) confirmou em comunicado ao mercado nesta sexta-feira, 24, o adiamento da apresentação do plano de recuperação, conforme antecipado nesta quinta-feira, 23, pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A companhia prevê entregar o plano no dia 31, quando também será assinado o financiamento DIP, mecanismo que será usado para a injeção de dinheiro novo na empresa.
Na última semana, foi anunciado um empréstimo-ponte de US$ 50 milhões, que depois será convertido no DIP. No entanto, há ainda questões burocráticas como a necessidade de aprovação pelo juiz da recuperação judicial das garantias do empréstimo-ponte. O promotor de Justiça de Massas Falidas, Marcos Lima Alves, pediu vista do processo para analisar essas garantias, o que deve ocorrer na próxima semana.
O objetivo da administração da empresa é ganhar tempo para obter o aval de todos os detentores de bônus (bondholders) para a proposta, que se mantém próxima às bases do acordo preliminar divulgado ao mercado no fim do ano passado.
De acordo com o comunicado, as tratativas com as partes signatárias do acordo, o "Plan Support Agreement" (PSA), continuam evoluindo dentro das expectativas da companhia.
"A implementação do plano de recuperação judicial, a ser apoiado pelos detentores de bonds representando a maioria dos bonds em circulação, permitirá a superação da atual crise financeira da companhia, assegurando a continuidade de suas atividades, com o pleno atendimento de seus objetivos e função social", diz o comunicado
A ex-OGX tem uma dívida de US$ 5,8 bilhões dividida entre detentores de bônus internacionais (US$ 3,8 bilhões), a OSX (US$ 1,5 bilhão) e fornecedores (US$ 500 milhões). O acerto anunciado no Natal prevê a injeção de novos recursos entre US$ 200 milhões e US$ 215 milhões na companhia por investidores internacionais e a conversão da dívida em participação acionária.