Eike Batista fala durante entrevista com a Reuters em Nova York, Estados Unidos, em setembro (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2011 às 15h26.
Rio de Janeiro - Com a chegada da sua primeira plataforma tipo FPSO, nesta quinta-feira, no Rio, a OGX começará a produzir petróleo entre novembro e dezembro e prevê uma média de produção de 33 a 40 mil barris diários em 2012, uma meta considerada conservadora.
E parte do petróleo da OGX a ser produzido já tem comprador, disse nesta quinta-feira o diretor-geral da petroleira, Paulo Mendonça.
"Isso que temos nenhuma empresa fez: iniciar produção em dois anos após a descoberta", disse o executivo nesta quinta-feira a jornalistas.
A previsão é iniciar um teste de longa duração por cerca de cinco meses no campo de Waimea, na bacia de Campos, com um produção diária média de 15 mil a 20 mil barris por dia.
Depois, a expectativa é aumentar o volume, em abril ou maio, para 45 mil barris a 50 mil barris diários, estimou o executivo em entrevista na Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil 2011), no Rio.
Segundo Mendonça, a empresa dever informar ainda nesta quinta-feira de que assinou acordo de venda de duas cargas de 600 mil barris por dia cada junto a uma ou mais empresas estrangeiras.
A meta da empresa apresentada ao mercado é de que a produção aumente para 165 mil barris diários em 2013; 730 mil barris em 2015; e 1,38 milhão em 2019.
A OGX, segundo Mendonça, alcançou 90 por cento de sucesso exploratório.
Dos 62 poços que perfurou, a empresa descobriu, segundo Mendonça, 21 campos: cinco na bacia de Santos; 14 na bacia de Santos e dois na Parnaíba, onde encontrou grandes jazidas de gás natural.
"Muitos desses poços já são de delimitação (de reservas)", afirmou.
Anadarko
Indagado sobre a possibilidade de adquirir os blocos exploratórios que a petroleira independente Anadarko colocou à venda no Brasil, Mendonça afirmou que está analisando e tem interesse.
Entre os ativos, a empresa americana possui concessões no pré-sal, de grande interesse para as petroleiras, mas com um incoveniente apontado por Mendonça: a possibilidade de haver reservas que se espalham e vazam para outras áreas além da concessão.
"Vamos prestar atenção na possibilidade de unitização", afirmou.