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OGX espera vender nos próximos dias 1ª carga de óleo

Em negociação com três empresas internacionais, a OGX espera fechar nos próximos dias a venda de sua primeira carga, que vai começar a ser produzida entre outubro e novembro

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 20h56.

São Paulo - Em negociação com três empresas internacionais, a OGX - empresa petroleira do Grupo Eike Batista - espera fechar nos próximos dias a venda de sua primeira carga de petróleo que vai começar a ser produzida entre outubro e novembro. O presidente da empresa, Paulo Mendonça, disse que a expectativa é negociar nesta primeira leva um volume de 500 mil barris a um custo estimado em torno de US$ 3 a US$ 5 abaixo do petróleo Brent hoje na cada dos US$ 110.

"Nosso petróleo terá um grau API em torno de 24 a 25, que não é tão valorizado, mas possui características muito peculiares e que acabam elevando seu valor, como o baixo teor de enxofre, baixa acidez e quantidade mínima de metais", disse. Em média, o óleo é considerado "médio" até 31 graus API. A partir daí o produto é classificado como "leve", com maior valor comercial por demandar menos custo no refino.

O petróleo que já vem sendo comercializado será o primeiro extraído pela OGX menos de dois anos depois de anunciadas suas primeiras descobertas na Bacia de Campos, o que pode ser considerado um recorde entre as empresas petroleiras. A extração será feita no campo de Waimea, na Bacia de Campos, a partir do navio-plataforma do tipo FPSO OSX-1, que foi comprado em 2009 pronto e adaptado no estaleiro Kepel Fels, em Cingapura.

O navio deixa o estaleiro amanhã e percorre nove mil milhas até chegar ao Rio de Janeiro em setembro para fazer as inspeções de praxe antes de seguir para a locação."A entrega do navio é um marco para a companhia", comentou Paulo Mendonça, destacando que a partir do primeiro óleo a ser produzido em Waimea a OGX se torna uma empresa operacional.

A perspectiva é de que a capacidade máxima de produção seja atingida no primeiro semestre de 2012, com 50 mil barris por dia. Até o final de 2013, este volume deve chegar a 150 mil barris por dia com a entrada em operação de mais dois FPSOs que estão sendo convertidos nas empresas SBM e Modec.


Outras duas unidades já estão com seus cascos encomendados pela OSX - braço do grupo na indústria naval - e deverão ser integradas já no estaleiro que está sendo construído no Brasil, com participação de 10% da Hyundai. Segundo o presidente da OSX, Luiz Eduardo Carneiro, tão logo seja extraído o primeiro óleo, a empresa começa a receber a diária de US$ 263 mil.

A companhia comprou a unidade por US$ 610 milhões, e o afretou para a OGX por um período de 20 anos. Desde o final do ano passado vinha recebendo adiantamento para cobrir o financiamento da unidade. A expectativa da OGX é de que, com a entrada das duas plataformas já encomendas, OSX-2 e OSX-3 em 2013, já passe a gerar Ebitda positivo.

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