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1. Da glória ao fracasso
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1/16 (Divulgação)
São Paulo – Segundo rumores, até quarta-feira, a
OGX saberá se vai precisar pedir ou não
recuperação judicial. Isso porque, antes do pedido, executivos da petroleira de
Eike Batista tentarão com os credores da companhia um último apoio para continuar operando. Há quem acredite que a estratégia deve fracassar, dando como certa a recuperação judicial da petroleira em poucos dias. A OGX começou a operar em meados de 2007. Menos de um ano depois, abriu capital e conseguiu levantar 6,7 bilhões de reais - a maior captação realizada até a época no Brasil. Veja, a seguir, os momentos mais marcantes da petroleira de Eike, que já viveu momentos de glória, mas agora parece estar prestes a enfrentar seus dias mais difíceis:
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2. Como tudo começou
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2/16 (Divulgação)
A OGX nasceu em julho de 2007 e com poucos meses de vida, por meio de uma oferta privada de ações, conseguiu levantar 1,3 bilhão de reais para os primeiros investimentos. No mesmo ano e com dinheiro em caixa, a petroleira de Eike arrematou 21 blocos exploratórios, por meio da 9ª rodada de licitações da
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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3. Abertura de capital
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3/16 (Fernando Cavalcanti/EXAME.com)
Menos de um ano após a sua criação, a OGX abriu capital e conseguiu captar 6,7 bilhões de reais com o IPO. Na época, a captação foi considerada a maior já realizada no mercado brasileiro. Um mês após o IPO, uma equipe de profissionais começou a ser formada para dar início à campanha de exploração da companhia.
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4. Fase pré-operacional
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4/16 (.)
No final de 2008, a OGX comprou 50% no bloco exploratório BM-S-29, na Bacia de Santos. No mesmo ano, começou a realizar a interpretação de dados sísmicos 3D nos blocos exploratórios. A companhia começava de fato a sua fase pré-operacional.
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5. Mais aquisições
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5/16 (Divulgação/OGX)
Em maio de 2009, a OGX comprou mais 15% no bloco exploratório BM-S-29, na Bacia de Santos, o qual já detinha 50%. Em setembro do mesmo ano, a OGX adquiriu 70% de participação em sete blocos exploratórios na Bacia do Parnaíba.
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6. funcionários OGX
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6/16 (Divulgação)
Ainda em 2009, a OGX anunciou as primeiras descobertas de hidrocarbonetos nas bacias de Campos e Santos. Pouco antes disso, a petroleira de Eike deu início à campanha exploratória em blocos os quais tinha participação. A OGX encerrou o ano com portfólio de recursos estimado em 6,7 bilhões de barris para a companhia.
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7. O primeiro prejuízo
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7/16 (Divulgação)
No ano em que foi incluída no índice Ibovespa, a OGX registrou seu primeiro prejuízo anual. Em 2010, a companhia acumulou perdas 123,5 milhões de reais. Na época, o prejuízo foi justificado pela redução das despesas financeiras.
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8. Blocos internacionais
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8/16 (Divulgação)
Em 2010 também, a OGX adquiriu seus primeiros blocos exploratórios no exterior, em três bacias terrestres da Colômbia. No mesmo ano, a petroleira anunciou a primeira descoberta de gás natural na Bacia do Parnaíba e se tornou única dona no bloco BM-S-29, na Bacia de Santos.
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9. 2011, o auge da glória
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9/16 (Fred Prouser / Reuters)
Em 2011, Eike foi considerado pela
Forbes o homem mais rico do Brasil e o 8º do mundo, com fortuna estimada em 30 bilhões de dólares. A OGX, no mesmo ano, também viveu momentos de glória. Foi em 2011 que a petroleira concluiu a perfuração do primeiro produtor da acumulação de Waimea, na Bacia de Campos. No mesmo ano também, a companhia atualizou seu portfólio para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente de recursos e recebeu a primeira unidade de produção da OGX, a plataforma FPSO OSX-1.
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10. Primeiro contrato de comercialidade
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10/16 (RUI PORTO FILHO)
Em outubro de 2011, a OGX fechou com a Shell o primeiro contrato de comercialização de petróleo, para as duas primeiras cargas referentes à produção de petróleo da acumulação de Waimea, no bloco BM-C-41. Na época, foi negociado um volume total de 1,2 milhão de barris, que seria embarcado em dois lotes de 600.00 mil barris cada.
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11. Início dos problemas
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11/16 (Divulgação)
Se o ano de 2011 foi considerado um dos melhores para as operações da OGX, 2012 não conseguiu repetir o sucesso e foi a partir dele que os primeiros problemas da petroleira começaram a aparecer. O ano até que começou bem, com o início da produção de petróleo em Waimea, na Bacia de Campos, a descoberta no pré-sal em águas rasas da Bacia de Santos e a entrega da primeira carga do petróleo de Waimea entregue à Shell.
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12. O problema
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12/16 (.)
Foi, no entanto, em meados de 2012, quando a OGX revisou sua projeção de produção para apenas 5.000 barris diários no Campo de Tubarão Azul, bem menor que a estimada anteriormente, que Eike começou a viver seu inferno astral. As ações da OGX começaram a despencar na bolsa e as demais empresas do grupo EBX começaram a ser contaminadas pela crise.
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13. Do céu ao inferno
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13/16 (VEJA SÃO PAULO)
Em 2012, Eike perdeu o posto de homem mais rico do mundo. A OGX registrou o maior prejuízo da sua história, 1,2 bilhão de reais - 135% maior na comparação com o ano anterior e os maiores problemas só estavam começando. Se 2012 foi um ano ruim, 2013 começou pior ainda. Embora tenha feito promessas para o período, boa parte delas não foi cumprida até agora. A saída foi vender parte das operações.
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14. Sócia Petronas
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14/16 (Goh Seng Chong/Bloomberg)
Em maio deste ano, a OGX fechou a venda de 40% de dois blocos na bacia de Campos para a petroleira malaia
Petronas. O negócio saiu por 850 milhões de dólares, o que representou a perspectiva de entrada de recursos para a petroleira. De fato o negócio não aliviou muito as operações da OGX. Hoje, segundo rumores de mercado, a OGX tem em caixa 200 milhões de dólares – pouco para a companhia continuar operando por muito tempo.
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15. Falência com data marcada
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15/16 (Patrick Fallon/Bloomberg)
O mercado espera que a OGX entre com pedido de recuperação judicial em um mês. Na semana passada, a petroleira confirmou que não pagaria os 45 milhões de dólares que venciam na data, referentes aos juros que deveriam ser distribuídos aos credores de bônus. A notícia, que já era esperada pelo mercado, abriu espaço para que a OGX ficasse ainda mais próxima ao pedido de recuperação judicial. Como a esperança é sempre a última que morre, até mesmo para Eike, executivos da companhia terão o que se pode chamar de reunião derradeira com os credores do grupo na próxima quarta-feira. Só então, será possível saber se a OGX pode ainda sonhar com um final feliz para sua história.
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16. Agora, veja a ascensão e queda de Eike, em 41 imagens
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16/16 (Douglas Engle/Bloomberg News)