Negócios

OGX encerra negociações com detentores de bônus de dívida

A petroleira encerrou as conversas sem obter um acordo para reestruturar sua dívida


	Primeira plataforma de petróleo da OGX: a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira
 (.)

Primeira plataforma de petróleo da OGX: a empresa se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira (.)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 07h04.

São Paulo e Rio de Janeiro - A petroleira OGX concluiu conversas com detentores de 3,6 bilhões de dólares em bônus da empresa com vencimento em 2018 e 2022 sem obter um acordo para reestruturar a dívida após meses de negociações, disse a empresa em um comunicado na madrugada desta terça-feira.

A OGX, controlada pelo empresário Eike Batista, se prepara para entrar com pedido de recuperação judicial a partir desta terça-feira, disseram três fontes com conhecimento da situação à Reuters na segunda-feira.

Representantes da assessoria de imprensa e da área de relações com investidores da OGX não estavam imediatamente disponíveis para comentários.

Uma das fontes disse na segunda-feira que a OGX planeja excluir do pedido de recuperação judicial sua unidade de gás natural OGX Maranhão, que atualmente negocia venda de uma participação para a empresa de energia Eneva. A Eneva era anteriormente conhecida como MPX e também foi fundada por Eike Batista.

A OGX, que possui dívida total de 5 bilhões de dólares, não quis comentar na segunda-feira a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial.

Se confirmado, o processo de recuperação judicial da OGX será o maior da história de uma empresa latino-americana, segundo dados da Thomson Reuters. A decisão ocorre enquanto se aproxima do fim o prazo de 30 dias que a OGX tem para não ser declarada inadimplente, após não ter honrado o pagamento de cerca de 44 milhões de juros sobre bônus no exterior no começo de outubro.

O pedido não seria só um indicativo do tamanho da queda de Eike, mas também forneceria um duro teste à lei de recuperação judicial do Brasil, aprovada há oito anos, sobre se ela oferece a proteção adequada aos credores.

As ações da OGX terminaram a segunda-feira estáveis na Bovespa, cotadas a 0,29 real.

*Matéria atualizada às 8h04

Acompanhe tudo sobre:CaloteDívidas empresariaisEmpresasGás e combustíveisIndústria do petróleoOGpar (ex-OGX)Petróleo

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'